A suspensão da autorização de prescrição por farmacêuticos das profilaxias Pré e Pós-Exposição ao HIV (PrEP e PEP) pelo Ministério da Saúde continua repercutindo. A Rede Estadual de Adolescentes e Jovens Vivendo e Convivendo com HIV/Aids do RJ, a Rede Jovem Rio+ e o Movimento Paulistano de Luta contra Aids (Mopaids), publicaram notas de repúdio à decisão, ressaltando que “a exclusão dessa categoria pode dificultar o acesso à PrEP, sendo um retrocesso no acesso à saúde e estratégias de prevenção combinada”.

“A Rede Jovem RJ+ vem à púbico em favor da juventude Carioca e de todas as pessoas vivendo e convivendo com HIV no estado do Rio de Janeiro, manifestar seu repúdio frente a decisão do Ministério da Saúde, que emitiu ofício ao Conselho Federal de Farmácia (CFF) afim de suspender a autorização para os farmacêuticos prescreverem a Profilaxia Pré e Pós-Exposição ao HIV (PrEP e PEP)”, diz o documento da Rede.

Em São Paulo, o  Mopaids (Movimento Paulistano de Luta Contra Aids) também se manifestou. “O movimento vem a público criticar e repudiar a decisão do Ministério da Saúde de suspender a autorização para os farmacêuticos prescreverem a PrEP e a Pep. A ciência nos ensinou que a política de aids deve incluir sempre uma equipe multidisciplinar. Consideramos fundamental a contribuição dos farmacêuticos no enfrentamento ao HIV/aids no país. O cooporativismo da saúde representa um retrocesso na adesão dos brasileiros a métodos preventivos contra o HIV.”

A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é indicada para pessoas que não vivem com o HIV. A utilização diária de uma combinação de dois medicamentos antirretrovirais (tenofovir + entricitabina), que apresentam composição similar aos utilizados no tratamento do vírus, reduz em mais de 90% as chances de uma pessoa se infectar quando exposta ao HIV.

Os números do Ministério da Saúde mostram que desde 2018, 64 mil pessoas iniciaram o uso da profilaxia pré-exposição. Desse total, cerca de 24,8 mil pessoas abandonaram esse método de prevenção.

Os militantes consideram que é  “uma vergonha o próprio governo criar barreiras de acesso a PrEP. Esperamos que o Ministério da Saúde reveja a decisão, a prevenção ao HIV é fundamental para acabarmos com a aids enquanto problema de saúde pública.”

Clique aqui e leia o documento do Mopaids

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Redação da Agência Aids

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