O Instituto de Infectologia Emílio Ribas irá contratar novos profissionais de saúde, por meio de um concurso público aprovado nessa quinta-feira pelo governado do estado, João Doria. 

Com o processo seletivo, espera-se preencher 206 vagas, sendo 53 de Agente Técnico de Assistência à Saúde, 51 de Técnico de Enfermagem, 24 de Enfermeiro e 78 de Médico I. 

Para o Movimento de Aids, a medida é necessário e representa uma conquista após incessante reivindicação dos profissionais do hospital e de seus usuários. No entanto, os ativistas reforçam que ainda há necessidade de reposição das equipes em todos os serviços de especializados. 

Rodrigo Pinheiro, presidente do Foaesp (Fórum de ONGs/Aids do Estado de São Paulo): “É uma confirmação da informação que o Secretário nos passou em primeiro de dezembro, Dia Mundial de Luta Contra Aids. Essa notícia vem em um momento muito bom, essa é uma reivindicação muito grande por parte até dos profissionais de saúde do próprio Emílio Ribas e também dos movimentos sociais. Existe a necessidade de ampliar o número de profissionais que atende a população, não só no Emílio, mas em todos os serviços de saúde, serviços especializados. O fortalecimento dos serviços de aids precisa necessariamente da contratação dos profissionais. É um importante passo do Governo do Estado de São Paulo para o Emílio Ribas, mas ainda temos um caminho enorme para ser percorrido na contratação e reposição de profissionais nos atendimentos especializados para aids no Estado e Município.”

José Carlos Veloso, da Rede Paulista de Controle da Tuberculose: “Finalmente um aceno de político de fortalecimento do Instituto Emilio Ribas. O concurso público não é privilégio, faz parte das diretrizes do SUS e garante um acolhimento e tratamento de melhor qualidade aos cidadãos e cidadãs. Terceirizar os serviços não é a solução. Saúde não é comércio!”

 

Cláudio Pereira, Grupo de Incentivo à Vida: “A realização de concurso público é uma ferramenta que garante a contratação de profissionais capazes, evitando contratações que podem estar desprovidas da capacidade técnica. Lembrando que Concurso Público é um princípio constitucional e que deve zelar pela legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.” 

David Oliveira, comunicador e ativista: “Finalmente uma resposta do estado para essa necessidade que o Instituo Emílio Ribas tem. Não só ele, mas todos os serviços voltados à saúde e principalmente os serviços de HIV/aids. A gente vê o quanto que essa precariedade no número de funcionários do Emílio Ribas acaba afetando também os outros serviços. Faço tratamento no CRT e vejo o quanto os funcionários estão cansados e o quanto a gente precisa de uma renovação nesse quadro. Essa luta do Emílio Ribas vem de antes da pandemia. Fizemos um ato em 2019 sobre o tema com ativistas lutando para que tivesse contratação de funcionários. Essa é uma conquista de todos.”

Eduardo Barbosa, Centro de Referência e Defesa da Diversidade de São Paulo: “O hospital Emílio Ribas sempre foi uma grande preocupação para nós, ativistas, militantes do movimento social. É uma instituição que sempre atuou de uma forma acolhedora e que abarca uma quantidade grande de usuários e usuárias vivendo com HIV/aids. Essa notícia da abertura de um concurso para contratação de profissionais acaba sendo uma notícia promissora para que o hospital não caia na terceirização se serviços e possa manter um atendimento humanizado e acolhedor. O concurso, para além da abertura do edital, precisa ser efetivado de maneira rápida. Vários profissionais de várias áreas do Emílio Ribas se afastaram e nós precisamos que tenha uma equipe multiprofissional atuando de forma permanente. Com contratados via estado há uma garantia maior de que esse serviço possa ser melhorado e que ele possa atender com humanização, que foi uma marca de seus profissionais e aqueles que atendem na ponta.”

 

 

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