Participam das Olimpíadas de Tóquio 206 delegações, uma a menos que na Rio 2016. A única diferença das listas foi a saída da Coreia do Norte, que optou por não participar dos Jogos de Tóquio por conta da pandemia.

É natural que os Estados Unidos, maior potência olímpica, tenha a maior equipe, assim como o Japão, país sede, ser o segundo da lista. A Austrália aparece em terceiro muito por conta dos esportes coletivos, nos quais costuma ter um Pré-Olímpico continental menos complicado para conseguir a vaga. A China, que deve ser a segunda no quadro de medalhas, aparece como a quarta delegação.

Confira como é o cenário da aids nos Estados Unidos, Austrália e China.

Estados Unidos

Mais de 1,1 milhão de pessoas vivem com HIV/aids nos Estados Unidos e quase uma em cinco (15,8%) não conhecem seu estado sorológico.

Em 2019, 37.832 pessoas receberam diagnóstico de HIV nos Estados Unidos, segundo o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), agência de pesquisa em saúde pública ligada ao Departamento de Saúde. Apesar de abrigar apenas 38% da população americana, o sul respondeu por 52% desses novos casos.

Dentro dessas estimativas, alguns grupos são mais afetados. Os homens que fazem sexo com homens (HSH), por exemplo, continuam se infectando mais e, entre as etnias, os afro-americanos são os mais afetados.

A população negra é “desproporcionalmente impactada”, aponta o relatório, e em 2017 respondia por 53% dos novos diagnósticos de HIV na região. De acordo com o CDC, 67% dos novos diagnósticos em mulheres que vivem no sul são registrados em mulheres negras. Foram 2.584 diagnósticos nesse grupo em 2017.

Segundo o CDC, em todo o país, um em cada dois homens negros gays e bissexuais corre o risco de ser diagnosticado com HIV ao longo da vida. Entre homens brancos no mesmo grupo, esse risco é de um em cada 11. Na população geral, uma em cada 99 pessoas corre o risco.

Dados do Unaids mostram que a prevalência entre homens que fazem sexo com homens, independente da raça, é de 14,5%, e que, dessa população 83% conhece sua condição sorológica. O mesmo relatório mostra também que apenas 42% desse grupo relatam o uso de preservativo nas relações sexuais.
Austrália
O Unaids estima que há 30 mil pessoas vivendo com HIV na Austrália. O número de novas infecções alcançou o pico em 1987 (mais de 2 mil) e foi caindo gradualmente a partir de 1999, após a introdução da terapia antirretroviral. Hoje, a aids já não é uma doença de notificação obrigatória no país. Nos últimos cinco anos, os novos casos de HIV permaneceram estáveis.
Assim, a prevalência do vírus no país é de apenas 0,1%. Do total, 25 mil pessoas estão em terapia antirretroviral.

Segundo o Unaids, 89% das pessoas soropositivas na Austrália já foram diagnosticadas, 95% acessaram os serviços de saúde, 85% estão em tratamento para o HIV e  93% com carga viral indetectável.

A prevalência entre homens que fazem sexo com homens é de 8,1% e entre pessoas com privação de liberdade, 1%.

Conhecida como a terra dos cangurus e coalas, a Austrália é praticamente uma ilha-continente do outro lado do mundo. O maior país da Oceania, que já foi colônia dos ingleses, hoje é uma nação rica, ocupando o segundo lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

China 
Um dos maiores países do mundo, a China, tem cerca de 1,8 milhões de pessoas vivendo com HIV. Desse número, o Unaids estima que 1,1 milhão cohece sua sorologia e 980 mil estão em tratamento.
Sobre a supressão viral, dados do Unaids calculam que há 940 mil pessoas com carga viral indetectável.
Dentre as profissionais do sexo, a prevalência é de 0,2% e 93% dessa população relata utilizar preservativos durantes as relações sexuais.
Já entre homens que fazem sexo com homens, a prevalência é de 6,3%, e 91,3% deste grupo está em tratamento.

Em 2020, o Unaids alertou que as pessoas que vivem com  HIV na China corriam o risco de ficar sem seus remédios. Isso aconteceria por causa das quarentenas e interdições adotadas para conter o surto de coronavírus que estavam impedindo o reabastecimento de medicamentos essenciais.

Quase um terço das mais de mil pessoas com HIV entrevistadas pelo Unaids disseram que as interdições e restrições à movimentação na China prejudicaram seu tratamento. Destes, 48,6% disseram que não sabiam onde buscar a próxima dose de sua terapia antirretroviral.

Para conferir os dados sobre infecções por HIV no Japão, clique aqui.