A variante delta do coronavírus corresponde a 43,5% dos casos confirmados na cidade de São Paulo entre o dia 8 e o dia 14 de agosto, segundo comunicado divulgado perla prefeitura da capital nessa quarta-feira (25).

A proporção das variantes no estado de São Paulo é calculada por meio da análise genética de cerca de 600 amostras por semana, que são enviadas para uma rede de laboratórios parceiros do governo estadual. Esses laboratórios identificam qual foi a variante responsável pelo caso confirmado na amostra.

Dentre as amostras de pacientes da capital enviadas para o Instituto Butantan nas quais foi possível identificar a variante, 43,50% foram da variante delta (originária da Índia) e 53,58% da gama (originária do Amazonas e predominante na maior parte do país).

O número representa um aumento em relação aos dados divulgados no início de agosto para a região metropolitana. Em 4 de agosto, a variante delta representava 23% dos casos identificados na Grande SP.

Flexibilização em meio à delta

Na semana passada, a Sociedade Paulista de Infectologia (SPI) publicou uma nota criticando as medidas de flexibilização no estado.

Em nota, os infectologistas da SPI declararam “extrema preocupação com as recentes medidas de flexibilização de atividades comerciais não essenciais e de entretenimento” em São Paulo.

A principal questão levantada pelos médicos é o avanço das flexibilizações mesmo em meio a chegada da variante delta.

“Entendemos que a abertura deveria ser mais gradual e lenta, face aos riscos representados pela variante delta do coronavírus”, disseram os especialistas, em nota.

Além da associação, especialistas independentes também se posicionaram contra o fim das restrições, entre eles antigos assessores do próprio governo estadual.

Desde o último dia 17, todas as restrições de horário e capacidade máxima para estabelecimentos comerciais foram encerradas no estado.

Fonte: G1