A Costa Rica será o segundo adversário do Brasil na Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Mas primeiro, a seleção costarriquenha enfrentará a Sérvia, nesse domingo (17), às 9h.

País que garante a maior expectativa de vida da América Latina, a Costa Rica tem 13 mil pessoas vivendo com HIV. Na população adulta, a incidência é de 0,19%. A Sérvia, tem uma população com apenas 7 milhões de pessoas. 27 mil vivem com HIV/aids.

No último mundial, a surpreendente campanha colocou a Costa Rica e seus jogadores no mapa do futebol internacional. Este anos, tentará sua terceira classificação na história para uma fase final de Copa do Mundo, em cinco participações. A jovem Sérvia disputa seu segundo mundial desde que se tornou independente em 2006.

 

Costa Rica

Quanto à saúde, Costa Rica apresenta conquistas ainda mais relevantes. Lá, a população tem um amplo seguro de saúde público que é considerado de sucesso. O êxito se deve a diferentes fatores, dentre eles, o baixo número de habitantes, cerca de 4 milhões. Dentre as transformações realizadas pelo país nos últimos anos, o Exército Nacional foi extinto, liberando financiamento para a saúde. Não é estranho que pacientes de centros médicos privados peçam para ser transferidos aos hospitais públicos por causa da capacidade comprovada dos centros estatais.

No entanto os números relacionados a aids ainda são altos para a pequena população do país. São 13 mil pessoas vivendo com HIV, o que resulta em uma prevalência entre adultos (de 15 a 49 anos), de 0,4%, segundo o relatório Unaids de 2016. Desse total, apenas 6,6 mil fazem uso da terapia antirretroviral.

O número de crianças infectadas não passa de 100. Mas as novas infecções considerando todas as idades é de mil ao ano. A incidência do vírus é de 0,19%.

Até o 2016, o número de mortes por aids na Costa Rica foi de 500 na população adulta. E 100 em crianças.

Mais sobre o país

A Costa Rica tem a expectativa de vida mais alta da América Latina, 79,6 anos, e numerosos indicadores sanitários que confirmam os benefícios sociais do sistema de saúde implantado no país.

“É um sistema que conseguiu se esquivar da onda privatizadora dos anos 1990 na América Latina, mas essas forças sempre estão aí”, diz o demógrafo e pesquisador Luis Rosero Bixby, da Universidade da Costa Rica (UCR), que concluiu que ela é essencial para a construção de uma sociedade mais igualitária do que no resto da região.

 

Sérvia

Com 7 milhões de habitantes, o pequeno país tem 27 mil pessoas vivendo com HIV, uma incidência de 0,03%. Nos adultos, a prevalência é de 0,1%. Segundo o relatório Unaids, até 2016, o número de novas infecções é de 500 ao ano.

No entanto, do total de pessoas vivendo com o vírus, apenas 1700 estão em tratamento. Dentro desse espectro a perspectiva é positiva, 82% estão com carga viral indetectável.

A antiga Iugoslávia

Palco de importantes episódios da história mundial, a capital Belgrado reflete a paixão por esportes. Pentacampeões mundiais no basquete, apesar de não ter expressividade mundial, o futebol também é uma paixão sérvia. Alguns chamavam a antiga Iugoslávia de “brasileiros da Europa”, pela maneira com que jogavam bola.

Em quase dois mil anos, a cidade acabou destruída mais de 40 vezes e foi capital de diferentes impérios e governos. Mas, desde 2006, pertence apenas aos sérvios.

O sistema de saúde Sérvio tem sofrido com a falta de financiamento. Como consequência o serviço oferecido é de baixa qualidade. Os profissionais de saúde são bem treinados, no entanto, faltam estrutura, insumos e equipamentos.

 

Redação da Agência de Notícias da Aids