Das informações erradas ao terrorismo nutricional, o volume de informações falsas nas redes sociais é extremamente perigoso

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As informações falsas, as fake news, se espalham rapidamente nas redes sociais. Apesar de serem maléficas em todas as áreas, na saúde elas são ainda mais perigosas.

“As fake news viraram um problema com impacto na saúde pública. Falsas informações sobre tratamentos, medicamentos, doenças ou medidas de prevenção podem levar as pessoas a tomar decisões prejudiciais à própria saúde, como não se vacinar, acreditar que tal alimento pode prevenir alguma doença ou até excluir nutrientes da dieta com base em desinformações”, explica a jornalista Maria Alice Amoroso Nunes, diretora da Holding Comunicações, assessoria de imprensa especializada em Saúde e Beleza há 30 anos.

“Nas redes sociais, o mau conselho sobre condições médicas propicia a busca por tratamentos e medicamentos sem respaldo científico, com base na informação de influenciadores que muitas vezes não têm experiência ou não mencionam os riscos associados aos seus produtos ou dicas de receitas naturais”, completa a jornalista.

“Quando um médico tem uma assessoria de imprensa, ele pode rebater essas informações e aumentar o grau de educação na área da saúde para a população em geral”, diz Maria Alice.

Bombardeio no TikTok e no Instagram

Em plataformas de redes sociais com vídeos curtos, como o TikTok ou o Reels do Instagram, há um bombardeio de informações errôneas. Estudos científicos já demostraram o poder da desinformação: pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio avaliaram 430 postagens populares do TikTok sobre câncer ginecológico e descobriram que pelo menos 73% eram imprecisas ou de baixa qualidade educacional. Segundo os pesquisadores, os vídeos apregoavam tratamentos falsos, como “vaporização vaginal”.

Em um trabalho recente de Oxford (“Social media users’ perceptions about health mis- and disinformation on social media”), os pesquisadores destacaram que, de 3.841 entrevistados adultos, mais de 2/3 (67%) dos participantes relataram que não conseguiram avaliar as informações nas redes sociais como verdadeiras ou falsas. O estudo ainda sugere que médicos tenham mais dados para combater as informações falsas na internet.

“Nesse contexto, é fundamental buscar ajuda de uma assessoria de imprensa especializada. As mídias tradicionais on e offline, como jornais, revistas e portais podem facilitar a busca por informações sérias e respaldadas cientificamente. Uma assessoria de imprensa eficaz e especializada pode ajudar a construir e manter a reputação de um médico, garantindo que as informações divulgadas sejam precisas e baseadas em evidências científicas sólidas”, diz a diretora da Holding Comunicações.

A assessoria de imprensa especializada na área da saúde também desempenha um papel importante na educação e conscientização do público sobre questões de saúde. “Isso inclui não apenas fornecer informações precisas sobre doenças e tratamentos, mas também promover estilos de vida saudáveis, medidas de prevenção e acesso aos cuidados de saúde”, explica Maria Alice.

Terrorismo informacional

A estratégia de criar fake news ou se concentrar em produzir conteúdo apelativo, promovendo um verdadeiro terrorismo informacional, tem por objetivo principal a busca por mais engajamento nas redes sociais. Como o algoritmo “premia” os posts com maior interação, independentemente da concordância ou discordância do tema central postado, a ideia é buscar na polêmica um modo de conseguir mais comentários.

“Também não podemos deixar de destacar o objetivo, muito comum, de obter benefícios financeiros por meio de vendas de cursos ou receitas geradas por cliques e visualizações. Com manchetes sensacionalistas e apelativas, as fake news muitas vezes aumentam o tráfego em sites e blogs, gerando receitas por meio de publicidade online”, destaca Maria Alice.

“É importante lembrar que as ‘fake news’ também são disseminadas sem intenção maliciosa. Algumas pessoas compartilham informação falsa sem verificar sua veracidade ou a fonte de onde elas foram obtidas”, destaca.

Na área de saúde, os alimentos representam uma vítima comum das fake news. Por meio de informações desencontradas, muitos alimentos são promovidos a heróis, enquanto outros são apontados como vilões – o que pode causar carências nutricionais e doenças. “Por isso, é importante estar sempre atento à origem das informações e verificar sua veracidade antes de compartilhar”, completa Maria Alice.

Desmentindo a desinformação

Segundo a diretora da Holding Comunicações, uma das principais funções da assessoria de imprensa é garantir a precisão e a veracidade das informações divulgadas sobre uma empresa, organização ou figura pública.

“Ao monitorar ativamente as redes sociais e outras plataformas de mídia, a equipe da assessoria pode identificar rapidamente informações falsas ou imprecisas e responder com correções e esclarecimentos. Como na era digital, as informações podem se espalhar rapidamente através das redes sociais e outras plataformas online, isso significa que é crucial responder rapidamente a notícias falsas ou imprecisas na área da saúde antes que elas se tornem virais e causem danos”, diz Maria Alice.

Como uma das maneiras mais eficazes de checar a veracidade de uma notícia é verificar a fonte e se a notícia foi publicada por um veículo de imprensa conhecido e confiável, a assessoria de imprensa especializada em saúde pode ajudar a construir uma reputação médica sólida.

“Os pacientes enxergam os médicos consultados para matérias de veículos sérios de imprensa com maior confiança e credibilidade”, destaca. “Ao manter relacionamentos sólidos com jornalistas e veículos de mídia, a assessoria de imprensa pode trabalhar com os meios de comunicação para destacar a verdade e desmascarar falsidades que circulam nas redes sociais, conferindo uma resposta rápida e educativa.”

Fonte: Terra