Intitulada Como Eliminar Monstros: Abordagens Contemporâneas a Partir do HIV, a oficina pretende reconhecer e estabelecer as diferenças entre abordagens meramente historicistas, que se apoiam na exploração dramática do período mais crítico do surgimento da epidemia, e as possibilidades das abordagens contemporâneas. Tudo embasado na análise de discursos artísticos que, ao longo do tempo, utilizaram a questão HIV/aids como tema. Desse debate, que se estende por oito encontros, busca-se elaborar novas políticas de linguagem a respeito dessa questão – além de utilizar as artes cênicas como plataforma de expressão.

A atividade é voltada para artistas em geral: atores, dramaturgos, diretores, dançarinos e performers interessados em utilizar uma linguagem artística para criação de obras mais coadunadas com as urgências de narrativas da atualidade. Os atores e dramaturgos Fabiano de Freitas, mais conhecido como Dadado, e Ronaldo Serruya são os orientadores desse percurso, cujo objetivo é refinar o olhar e arrefecer estigmas que rondam, ainda hoje, os corpos positivos.

Ronaldo afirma trabalhar com a perspectiva de que a arte precisa partir de assuntos que atravessam os artistas, por isso, fundou um coletivo que trabalha questões de gênero dentro do teatro, já que a homossexualidade sempre foi, por muito anos, retratada ou com viés marginal ou caricato. “Quando me deparei com meu diagnóstico positivo para HIV, me 2014, após passar o momento de aprender a lidar com tudo isso, me pareceu natural incorporar essa questão no meu trabalho. Comecei a perceber que os discursos artísticos, sobretudo no teatro, ainda são raros sobre essa temática. Esse não é um assunto apenas para saúde pública, mas também interessa ao social e à arte. É falar sobre a contradição entre todos os avanços que a saúde proporciona e os estigmas sociais que rodam os corpos positivos.”

“A arte elabora discursos. Então, a oficina é um convite para outros artistas pensar no que seria interessante falar sobre HIV hoje, que não seja uma abordagem historicista e sobre o primeiro boom da epidemia, mas sim sobre como podemos falar sobre o HIV a partir da realidade das pessoas que vivem hoje com o vírus. É tentar construir narrativas de vida, não de morte. Falar sobre PrEP, PEP, prevenção combinada, relacionamentos sorodiferentes, uso da camisinha. Ou seja, como a arte poderia dar conta de elaborar esses discursos?”, explica Ronaldo.

As inscrições ocorrem no período de 10 a 14 de junho e a divulgação dos dez selecionados (maiores de 18 anos) está marcada para o dia 25 de junho. Preencha todos os campos do formulário (disponível aqui) e, em caso de dúvidas, envie um e-mail para artescenicas@itaucultural.org.br.

Mais informações 

Inscrições 10 a 14 de junho
no site itaucultural.org.br

curso 234 , 591015 16 de julho 
18h às 22h
Sala Vermelha – piso 3

Finalização da Oficina – Intervenções Múltiplas [com interpretação em Libras]
terça 16 de julho
às 18h
Sala Vermelha – piso 3

[duração aproximada: 60 minutos]

Entrada gratuita

distribuição de ingressos
público preferencial: uma hora antes do espetáculo | com direito a um acompanhante – ingressos liberados apenas na presença do preferencial e do acompanhante
público não preferencial: uma hora antes do espetáculo | um ingresso por pessoa

Clique aqui para saber mais sobre a distribuição de ingressos.