No final de janeiro do ano passado,a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional em função do surto de Covid-19. Apesar de a deficiência não se enquadrar a princípio como fator para que a pessoa faça parte do grupo de risco para contaminação pelo coronavírus,   a condição de vulnerabilidade da pessoa com deficiência em situações de emergência pública e o Conselho Nacional de Saúde também recomenda que todas as pessoas com deficiência sejam incluídas como grupo de risco para a infecção pelo Covid-19.

Para evitar o contágio pelo coronavírus, é importante seguir as orientações das autoridades sanitárias, principalmente no que se refere a higienizar as mãos regularmente e tomar medidas para o distanciamento social. Para as pessoas com deficiência que necessitam de cuidados constantes de terceiros para suas atividades de vida autônoma, pode se tornar mais difícil manter a distância mínima recomendada de um metro. Além das mãos, é importante que a higienização aconteça nos equipamentos utilizados com frequência, como ventiladores mecânicos, cadeiras de rodas, bengalas, muletas e demais objetos.

Após um ano de pandemia, como a pessoa deficiente está lidando com o isolamento social e quais foram as dificuldades encontradas até agora? Para conversar sobre este assunto, Agência Aids realiza na terça-feira, 23, a partir das 21h, a live “Deficiência e Autonomia na Pandemia”, mediada por nossa repórter Jéssica Paula.

Conheça nossos convidados:

Beto Volpe

Ativista independente e escritor Beto Volpe, de 59 anos, contraiu o vírus em 1989, aos 28. Natural de São Vicente, no litoral de São Paulo, ele diz que, na época, até os maiores especialistas do mundo se confessavam impotentes perante uma ameaça até então inusitada. Volpe conta que contraiu HIV após ele e o então namorado abolirem o uso de preservativos. Quando o relacionamento terminou, ele resolveu fazer o exame que detecta o vírus e, no final daquele ano, veio o diagnóstico positivo. Recebê-lo, no entanto, não foi fácil. O escritor destaca que, na ocasião, o pensamento era regrado pela morte. Ao publicar o livro Morte e Vida Positiva, Beto defendeu que a infecção pelo HIV lhe proporcionou a oportunidade de reescrever sua história.

 

Gata de Rodas

Mulher cadeirante, bissexual, formada em Ciências Contábeis, militante e ativista pela diversidade sexual, diretora da APOGLBT (Associação da Parada do Orgulho GLBT) responsável pela inclusão das pessoas com deficiência na Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.

 

 

Marcelo Rubens Paiva

Nascido em São Paulo em 1959, aos seis anos se mudou para a cidade do Rio de Janeiro em 1966, depois que seu pai, o ex-deputado federal Rubens Paiva, foi cassado e exilado pelo golpe de Estado no Brasil em 1964. Formou-se em Radio e TV pela Universidade de São Paulo e em teoria literária pela Universidade Estadual de Campinas. Em 1986, lançou seu segundo romance: Blecaute. Passou a trabalhar em televisão como diretor, apresentador e produtor. Primeiro, na TVA, da TV Gazeta, junto com Fernando Meirelles e a produtora Olhar Eletrônico. Depois, na TV Cultura, no programa Leitura Livre. Desde 1989, depois que estudou dramaturgia no Centro de Pesquisa Teatral do Serviço Social do Comércio, com o diretor de teatro Antunes Filho, na cidade de São Paulo, passou a escrever para teatro. É escritor, dramaturgo e roteirista. Foi indicado ao Emmy pelo roteiro da série O Homem Mais Forte do Mundo, com Afonso Poyard, da TV Globo, e ganhou três prêmios Jabuti de literatura com Feliz ano velho, Ainda Estou Aqui e O menino e o foguete, e um prêmio Shell de teatro por Da boca pra fora.

 

 

Marcelo Zig

Afrodeficiente, é filósofo, escritor, palestrante, servidor público, criador de conteúdo e ativista afropcd. Idealizador do Projeto Mergulho Cidadão – campanha preventiva aos riscos de acidente por mergulho em águas rasas – terceira causa de lesão medular no Brasil, da Comissão de Profissionais com Deficiência da Empresa de Águas e Saneamento do Estado da Bahia – Embasa, e do coletivo Quilombo PcD que trabalha a interseccionalidade de raça e deficiência no combate ao atravessamento do racismo e do capacitismo na vida da pessoa preta com deficiência.

 

 

 

 

Silvia Regina Grecco

Natural de Mauá – SP, cursa Ciências Sociais. Ganhadora do Prêmio da FIFA – FIFA FAN AWARDS 2019, como melhor torcedora do mundo pela narração dos jogos do Palmeiras para seu filho Nickollas, que é cego e autista. Foi Secretária Municipal da Pessoa com Deficiência no município de Santo André, Assessora Especial, por 6 anos, na Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo e Presidente da CPA – Comissão Permanente de Acessibilidade, também na capital. Atuou como Secretária Municipal de Assistência Social, por duas vezes, no município de Mauá e foi Presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente – Mauá. Participou das audiências públicas, na elaboração do Projeto de Lei que criou a LBI – Lei Brasileira de Inclusão. É ativista da causa da pessoa com deficiência, e mãe do Nickollas e da Márjori.

 

 

 

Serviço:

 

Live: “Deficiência e Autonomia na Pandemia”

Quando: Terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Horário: 21h

 

Para acompanhar, basta acessar os links abaixo:

 

TV Agência Aids: agenciaaids.com.br (na parte inferior da homepage)

Youtube: https://youtu.be/5Y8LdF24tpI

Facebook: http://ibit.ly/mGmU