Nos anos 80,  quando a aids surgiu, o Brasil vivia a redemocratização, processo que trouxe várias conquistas, entre elas, a criação do SUS e a definição da saúde como direito de todos e obrigação do Estado, descrita na Constituição de 1988.

A política de combate à doença foi uma das maiores conquistas do sistema público de saúde. A luta contra a aids no Brasil criou bases para um novo tipo de relação entre o Estado e a sociedade, já que desde o início do estabelecimento das ações governamentais para o enfrentamento da epidemia esta relação – estado e sociedade – esteve presente.

Criado em 1986, o Programa Nacional de DST/Aids virou referência para o mundo, conseguiu reduzir de forma significativa a mortalidade pela doença e o número de crianças nascidas com HIV. Adotou medidas inovadoras e inclusivas: foi o primeiro país a garantir a todos os cidadãos o acesso a antirretrovirais, um dos primeiros a implementar programas de troca de seringas e adotou a distribuição de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), entre outras ações.

Hoje, o Programa perdeu espaço, foi incorporado ao Departamento de Doenças Crônicas e o avanço do conservadorismo no país tem atrapalhado as ações de prevenção.

A “Live às Terças” traz no próximo dia 30 de novembro, a partir das 21h, quatro ex-diretores do Programa Nacional de DST/Aids para conversar sobre os 40 anos de HIV e a construção da resposta brasileira à pandemia.

Conheça nossos convidados:

Alexandre Grangeiro

Possui graduação em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1992). Especialista em saúde pública, tem experiência na área de Saúde Coletiva, atuando principalmente nos seguintes temas: política de saúde, organização de serviços de saúde, política de DST e aids, propriedade intelectual e acesso a medicamentos. Começou a trabalhar nos anos 1980 com hanseníase. Atuou no Disque-AIDS, do Programa Estadual de DST/AIDS do Ministério da Saúde. Também foi diretor do Programa Nacional de DST/AIDS. Atualmente é pesquisador da Universidade de São Paulo.

 

Pedro Chequer

Chequer é cofundador e ocupou o cargo de diretor do Programa Nacional de Aids por duas vezes, entre agosto de 1996 e março de 2000, e entre agosto de 2004 e abril de 2006. É doutor em Medicina pela Universidade do Rio de e especialista em saúde pública e dermatologia sanitária, além de mestre em epidemiologia pela Universidade da Califórnia em Berkeley (USA). Chequer notabilizou-se como um dos principais articuladores da política brasileira de resposta à epidemia. Foi o segundo coordenador do Programa Nacional de DST/Aids, substituindo a médica Lair Guerra, afastada do cargo em 1996, por um acidente de trabalho. Atuou como coordenador do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids (UNAIDS) no Brasil.

Fábio Mesquita

Médico infectologista, atualmente em Myanmar. Entre 2013 e 2016, foi diretor do então Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde. Já coordenou os Programas Municipais de DST/Aids em Santos, São Vicente e São Paulo.

 

 

 

Redação da Agência de Notícias da Aids

 

Serviço:

Live: “Os 40 anos de HIV no mundo  no olhar de ex-diretores do Programa Nacional de DST/Aids”

Quando: Terça-feira, 30 de novembro de 2021

Horário: 21h

 

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