Comunicação como instrumento de prevenção sem fronteiras
O jornal espanhol El País republicou, nesta quarta-feira (5), a reportagem da Agência Aids sobre uma ativista da Nicarágua que está sendo ameaçada de morte por atuar na luta das pessoas que vivem com HIV/aids naquele país. O texto, assinado pela jornalista Roseli Tardelli, conta a trajetória da militante na batalha pela garantia dos direitos humanos. Traz ainda o desabafo dela durante a 22ª Conferência Internacional de Aids, que aconteceu em julho, em Amsterdã, na Holanda.
Cida* denunciou que todos os integrantes de organizações que trabalham com a defesa de direitos humanos e que protestem ou discordem das diretrizes impostas pelo presidente Daniel Ortega tem sido perseguidos e ameaçados de morte. Segundo suas declarações, nos últimos três meses a prática vem se intensificando no país que registra 314 jovens assassinados. Ela mesma recebeu uma contundente ameaça pelo Facebook.
Veja a seguir um trecho da reportagem em Espanhol:
El difícil activismo contra el sida en Nicaragua
Su país no le ha puesto fácil a Marta luchar contra el virus que lleva dentro. El revuelto clima político supone un nuevo reto
A Marta García* le gusta cantar, bailar e ir al campo, donde nació y fue criada. Tiene 40 años. Cuenta que come de todo un poco, porque trata de estar bien para enfrentar lo que le viene “por delante en la vida”. Madre de tres hijos, explica que el VIH le llegó cuando tenía 21. Su marido, Jorge, con quien se casó a los 17, murió un año después, cuando ambos conocieron sus diagnósticos. “Estaba embarazada de mi segundo hijo. Él nació, enfermó, hicimos la prueba y el resultado fue positivo”, relata.
Todo sucedió muy rápido y temprano en la vida de Marta. El activismo surgió a los 22 años. “Fue la necesidad de organizarnos la que me trajo a este lado. Era la única forma de acceder a medicamentos”, asegura. Aun así, no los consiguieron hasta participar en un proceso en la Corte de Derechos Humanos Internacional en Washington.
“Creamos la Asociación Nicaragüense de Personas Viviendo con VIH. En total, éramos 16 miembros. Cuando, por fin la medicación llegó, ocho ya habían muerto”, asegura. Cuatro años de discusión jurídica. Mucho tiempo para cualquier enfermedad. El gobierno de Nicaragua, entonces presidido por Arnoldo Alemán, del Partido Liberal Constitucionalista, heredero del antiguo Partido Liberal, recurrió durante varios años seguidos a la Corte de Derechos Humanos Internacional para impedir que los antirretrovirales llegaran a ese país.
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Sobre o jornal El País
El País é um jornal diário espanhol fundado em 1976, no período de transição para a democracia, após o fim do Franquismo. É de propriedade do Grupo PRISA e conta com uma média de 457.000 exemplares diários, sendo um diário de grande circulação, com a maior tiragem da Espanha.
Sediado em Madrid, o jornal mantem escritórios nas principais cidades espanholas (Barcelona, Sevilha, Valência, Bilbau e Santiago de Compostela), nas quais produz diferentes versões com conteúdos em galego, catalão e euskera, para cada uma das regiões autônomas (Comunidades) do país, das quais a mais recente a ser criada é a da Galiza.
Caracteriza-se por ser um jornal diário de tendência europeísta e social-democrata, e pelo grande destaque dado a informações de âmbito internacional, de cultura e de economia, e sobre a Espanha. Ele nasceu há 40 anos como o jornal da nova Espanha democrática, mas não foi à época, nem é agora, um jornal ideológico de esquerda ou de direita, é um jornal plural.
Pablo Hernadez, Roseli Tardelli e Javier Moreno, diretor para assuntos da América Latina de El País
Hoje, é o mais lido em espanhol no mundo e chegou aos 100 milhões de leitores mensais, em 2017. Esse é o número de usuários únicos que o EL PAÍS conquistou. Exatamente 100,3 milhões é o recorde absoluto marcado pelo jornal em outubro de 2017, de acordo com dados internos. Desse número, metade dos usuários vem de fora da Espanha, especialmente da América Latina. Com esse dado o EL PAÍS entra no top 10 mundial dos veículos de comunicação mais lidos do mundo na Internet, liderado pelo chinês Xinhua e no qual estão o The New York Times (2º) e o The Washington Post (6º).
No espaço de três anos, o EL País triplicou sua audiência digital, conquistando a liderança informativa na Espanha. Realizou esse feito após uma profunda transformação que o consolida como o líder mundial de referência da informação em idioma espanhol. Infográficos, programas de televisão e uma grande oferta de artigos de opinião e análise permitiram aos leitores do jornal abordar, entre outras coisas, a crise catalã de muitos ângulos.
Em 26 de novembro de 2013, foi lançada uma versão do El País em português. O site tem publicação própria e traduções da versão original. Segundo a direção editorial, “o crescimento excessivo de acesso ao site espanhol por parte do público brasileiro, motivou a criação de uma versão em português”, versão que é denominada de “El País Brasil”.
As jornalistas Talita Martins e Roseli Tardelli com Pablo Hernandez, editor do Planeta Futuro em El País e a equipe de profissionais, em Madri.
Redação da Agência de Notícias da Aids
