Instituto Multiverso chega com proposta de ampliar garantia de direitos para diferentes grupos vulnerabilizados

Foi lançado na tarde desse domingo, 24, o Instituto Multiverso, com objetivo de fortalecer pessoas, grupos e território vulnerabilizados e ampliar a garantia de direitos e o enfrentamento às inequidades.

“A gente tem visto retrocessos, pessoas cada vez mais vulnerabilizadas pelo conservadorismo. Começou a ficar muito difícil ter essa missão. Geralmente a gente chorava no ombro um do outro. E assim começamos a nos tornar um coletivo”, disse Fabiana Mesquina, uma dos fundadores da instituição.

Ela ainda lembrou que a ideia de trabalhar em uma organização construída pelo próprio grupo, gerava insegurança. No entanto, o fortalecimento da ideia foi também embasado nos inúmeros trabalhos que já foram conduzidos por eles próprios.

“Nos juntamos em 2018 e o nosso espaço de fala foi ficando cada vez mais apertado. Escutava outras pessoas dizendo que não tinham mais esperança. E eu percebia que, quando nós estávamos juntos, tinha uma energia de pensar que as coisas iriam dar certo.”

O Instituto Multiverso ainda irá buscar fomentar a emancipação e a autonomia popular em suas múltiplas expressões a fim de se tornarem uma referência no enfrentamento às injustiças através de um eixo de ações que envolvam empatia, direitos humanos e ambientais, direito à comunicação e democratização das mídias.

O ativista e youtuber João Geraldo Neto explicou a ideia do nome do Instituto. “Nós vivemos universos infinitos de diferenças. Então queremos trabalhar para que todos esses universos estejam conectados”, o que também vai de encontro ao slogan do Multiverso: “ninguém muda o mundo sozinho”.

Vinícius Melo constitui o conselho fiscal do Insitituto. “O que me motiva a estar aqui é a busca pela justiça social. O que você mais vê falar é sobre a garantia dos direitos o que você menos vê é a efetivação desses direitos. Então, o direitos estão aí, cabe a gente fazer com que eles cheguem às pessoas que precisam deles.”

Por fim, Fabiana encerrou o evento afirmando que nos últimos dois anos de pandemia, “a dor que a gente sentiui foi a dor da perda de milhares de pessoas. Esse país é nosso, as pessoas que a gente ama merecem a vida, e a gente não vai desistir.”

Como principal meta estabelecida pelo instituto, há um desafio já para o próximo ano: criar uma clínica de saúde para população LGBT até outubro de 2022.