03/04/2010

De acordo com um artigo científico publicado recentemente na revista The Lancet, o fato de não usar este medicamento significa perder a oportunidade de salvar vidas de forma simples e barata.

“A profilaxia com o cotrimoxazol (combinado com o tratamento antirretroviral) é eficaz e tem efeitos importantes para a saúde pública", disse o pesquisador principal desse estudo, Charles Gilks, acrescentando que essa dupla terapia pode reduzir pela metade a taxa de mortalidade nos pacientes com HIV.

Dr. José Valdez Madruga, infectologista e pesquisador do Centro de Referência em DST/Aids de São Paulo (CRT), explica que o Bactrim é muito usado para evitar doenças como a toxoplasmose e a pneumocistose em pacientes com o sistema imunológico debilitado.

“Esse remédio é na verdade uma das medidas que usamos para prevenir as doenças oportunistas entre as pessoas com HIV e a aids”, comentou.

Até a Organização Mundial da Saúde já reconheceu a importância deste antibiótico na luta contra a aids, recomendando o seu uso para crianças soropositivas.

Entretanto, muitas pessoas em várias partes do mundo ainda não recebem esse medicamento.

Na África, por exemplo, estima-se que uma de cada quatro pessoas que começa a tomar antirretrovirais morre no primeiro ano de tratamento, mas se o Bactrim fosse receitado logo que a pessoa se descobrisse portadora do HIV, a chance de reação do sistema imunológico seria muito maior.

O artigo da revista The Lancet foi baseado num estudo feito com 3179 pessoas do Uganda e do Zimbabwe, cujo sistema imunológico se encontravam gravemente afetados e o número de células de defesa do organismo, o CD4, estava abaixo de 200 cópias por milímetros cúbico de sangue.

Redação da Agência de Notícias da Aids

DICA DE ENTREVISTA:
Assessoria de Imprensa – CRT DST/Aids-SP
Emi Shimma
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