Nesse sábado (16), as seleções do Peru e da Dinamarca se enfrentarão às 13h. De um lado, o Peru foi o país que mais reduziu o número de mortes por aids na América Latina. Do outro, um dos países mais desenvolvidos do mundo que utiliza atendimento médico online e visa a erradicação do HIV.

Peru

Famoso por sua gastronomia, paisagens paradisíacas e valorização de sua cultura, o Peru está de vota à Copa do Mundo. Isso porque a seleção peruana ficou mais de três décadas sem se classificar para o mundial. Sua última aparição na disputa foi no ano de 1982 e conseguiu a vaga para 2018 na repescagem.

Quando ao HIV, o Peru tem algumas conquistas. Segundo o relatório Unaids, o Peru foi o país que mais reduziu o número de mortes por aids na América Latina. Desde o ano de 2006, tem trabalhado na resposta ao vírus, colocando como prioridade testagem e retenção ao tratamento.

Hoje, são 2200 mortes em consequência da aids por ano. Ao todo, das 70 mil pessoas vivem com o vírus, 60% fazem uso dos antirretrovirais, mas apenas 35% delas estão com carga viral reprimida.

Os dados são mais animadores no que diz respeito à transmissão vertical, já que 85% das mulheres grávidas com HIV estão em tratamento.

Populações Vulneráveis

– Profissionais do sexo – 1,3%

– Homens que fazem sexo com homens – 15,2%

– Transexuais – 15,2%

– Pessoas em privação de liberdade – 0,8%

Sistema de saúde

O sistema de saúde peruano é divido em duas partes. Uma delas, atende a população de baixa renda e a outra atende aos servidores públicos e profissionais liberais, a rede militar atende a marinha, aeronáutica, exército e polícia nacional, os seguros privados atendem por desembolso direto.

Desde março de 2009 a Ley Marco do Aseguramiento Universal prevê a cobertura de assistência integral às doenças prioritárias através do Plano Essencial de Assistência à Saúde (PEAS). O plano contempla a assistência integral a um grupo de doenças consideradas mais relevantes, de acordo com o perfil epidemiológico do país e respeitando as realidades regionais.

 

Dinamarca

 Um dos países mais desenvolvidos do mundo almeja ser também um dos primeiros na erradicação da aids. De acordo com dados da CIA World Factbook, no ano de 2017, 6 mil pessoas estavam infectadas pelo vírus. A prevalência é 0,16%.

Os dados também mostram que, a cada ano, 100 homens que fazem sexo com homens são diagnosticados com HIV. Esse número tem permanecido constante nos últimos 20 anos.

O sistema de saúde dinamarquês é essencialmente público e gratuito, e todo cidadão residente legalmente registrado no país tem acesso a ele. Para isso, toda pessoa recebe um cartão chamado Sundhedskort, um cartão de saúde onde constam todos os dados pessoais.

Há o sistema público, utilizado por toda a população, e um sistema privado, utilizado por uma parcela da população.

O sistema de saúde divide os cidadãos em 2 grupos e a pessoa pode escolher o grupo em que quer se enquadrar: grupo 1, onde o tratamento com o médico de família e especialistas (sob encaminhamento) é gratuito e outros serviços de saúde como dentista, podólogo, psicólogo e fisioterapeutas são subsidiados; e grupo 2, onde o cidadão paga um valor extra para o governo para ter a liberdade de ser atendido por qualquer médico e demais tratamentos de saúde são subsidiados como no grupo 1.

Tecnologia na saúde

Na Dinamarca é possível se consultar com um médico online, utilizando apenas computador e webcam. O país começou a adotar registros de saúde eletrônicos e outras tecnologias de informação para a saúde há uma década.

Muitos pacientes medem a pulsação com um leitor que se coloca no dedo. Além disso, é possível checar prontuários e exames online. As receitas médicas também não necessitam de papel. Os médicos as fazem digitalmente e qualquer farmácia pode acessar o documento. Além disso, é possível tirar dúvidas com seu médico por e-mail.

Vários estudos concluem que o sistema de informação dinamarquês é o mais eficiente do mundo, economizando aos médicos, em média, 50 minutos por dia em trabalho administrativo. E um relatório de 2008 da Sociedade de Sistemas de Gestão e Informação de Atendimento de Saúde estimou que as receitas e prontuários eletrônicos economizam ao sistema de saúde dinamarquês até US$ 120 milhões por ano.

 

Redação da Agência de Notícias da Aids