A Croácia chega à Copa do Mundo com uma seleção de qualidade, embora tenha dificuldades para se afirmar nas grandes competições. Já a Nigéria participa pela sexta vez do maior evento do futebol mundial.  A Croácia tem  1,5 mil pessoas vivendo com HIV/aids numa população de 4,1 milhões de habitantes. A Nigéria vive uma epidemia de aids 3,5 milhões de pessoas infectadas. Os dados são do mais recente relatório divulgado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV/Aids (Unaids), no fim de 2017. As duas seleções vão se enfrentar no sábado (16), às 16h (horário de Brasília), em Kaliningrado.

 

Croácia

 

A Croácia tem cerca de 1.500 pessoas vivendo com HIV/aids numa população de 4,1 milhões de habitantes. A incidência do HIV, por 100 mil habitantes é de 0.04 casos. Na faixa etária entre 15 e 49 anos, a prevalência é inferior a 0,1%.

Os primeiros casos de aids foram registrados e passaram a ser monitorados na Croácia em 1985. As relações sexuais desprotegidas são a maior causa da infecção, que vem aumentando mais na população de homens que fazem sexo com homens (HSH).

Das novas infecções na Croácia, 87% foram entre os homens, sendo 61% atribuídas a HSH; 18% a relações heterossexuais e 5,5% a usuários de drogas injetáveis.

Desde 2010, dez serviços de saúde na Croácia fornecem testagem gratuita para o HIV. Segundo a política local, o teste para o vírus não pode, jamais, ser obrigatório e todas as doações de sangue são testadas desde a metade dos anos 80.

O país é bastante conservador e predominantemente católico romano, com influência dos bispos. O programa de educação e saúde, que inclui algumas diretrizes de ensino sobre sexualidade nas escolas, foi cancelado pela Corte Constitucional em maio de 2013 sob alegação de que faltou debate público.

 

Mais números da Croácia

* Mortes por aids desde 1985: 201

* Mulheres maiores de 15 anos vivendo com HIV: 360

* Cobertura do tratamento antirretroviral: 89%

* Entre os usuários de drogas injetável a prevalência do HIV é menor que 1%

Sobre o país

A Croácia é uma das repúblicas mais desenvolvidas da ex-Iugoslávia, cuja independência foi obtida no dia 25 de junho de 1991, por um plebiscito. No entanto, esse processo de independência desencadeou uma guerra civil com a minoria sérvia que habita a região enfrentando ainda um forte movimento separatista na fronteira com a Bósnia.

A economia é impulsionada pela concentração de indústrias têxteis, químicas e mecânicas na cidade de Zagreb. Outros destaques são as siderurgias e petroquímicas.

O turismo é outra importante fonte de receita. A Croácia tem 1.135 ilhas e um litoral de 5.789 quilômetros, além de cidades milenares, como Dubrovnik (considerada patrimônio da humanidade), as ruínas gregas e romanas e o Palácio de Diocleciano, construído no fim do século III para ser o retiro do imperador romano. O país recebe cerca de 8 milhões de visitantes por ano, conforme dados do Ministério da Cultura da Croácia.

O país ocupa o 47º lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que reúne 182 países. Os serviços de saneamento ambiental são destinados a 98% das residências do país, fato que reflete na baixa taxa de mortalidade infantil: 6 óbitos a cada mil nascidos vivos. Entretanto, o grande problema nacional é a reconstrução da infraestrutura das regiões destruídas durante a invasão dos sérvios.

 

Nigéria

A Nigéria tem uma das maiores epidemias de aids globalmente, com 3,5 milhões de pessoas infectadas de acordo com o último relatório do Programa das Nações Unidas Para o HIV/Aids (Unaids).

Bastante populosa, a Nigéria tem o maior número de habitantes da África Subsaariana, fazendo com que a prevalência do HIV na população em geral seja de 2,9%.

Estima-se que cerca de 1 milhão de pessoas façam tratamento com antirretrovirais no país. Apenas no ano de 2016 foram 220 mil novos diagnósticos positivos para o vírus e 160 mil mortes relacionadas a aids.

Desde 2001, a taxa de incidência na população em geral vem diminuindo gradativamente: em 2001 chegou a 5,8%; em 2008 caiu para 4,6%; já em 2010 chegou em 4,1%, até ficar nos 3,7% em 2011. Em 2016, a taxa caiu para 2,0%.

Entre as mulheres grávidas que vivem com o HIV, 32% acessaram o tratamento ou profilaxia para prevenir a transmissão vertical. No entanto, a estimativa é de 37 mil crianças foram infectadas em 2016.

As populações mais atingidas pelo HIV na Nigéria são as profissionais do sexo, com uma prevalência de 14,4%, os homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, com 23%, e os usuários de drogas injetáveis, com 3,4%.

A maior prioridade do país, segundo o Unaids, é eliminar os casos de transmissão do HIV de mãe para filho. O estigma e a discriminação também estão entre os desafios, especialmente para populações-chave e pessoas vivendo com HIV.

Mais números

* 83% das transmissões de HIV na Nigéria são por via sexual

* Desde 2010, as novas infecções por HIV diminuíram em 21% e as mortes relacionadas à aids, em 6%.

 

Redação da Agência de Notícias da Aids