No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a Agência Aids publica uma série de histórias de mulheres que têm sua trajetória de vida vinculada à luta pelo acesso à saúde das mulheres e equidade de gênero.
Na reportagem de hoje, confira a trajetória de Claudia Velasquez, Ana Oliveira e Muna Zeyn.
Representação internacional
Claudia Velasquez assumiu o posto de diretora de País e representante do Escritório do Unaids no Brasil em 2020. Natural dos Estados Unidos, Claudia ocupava o posto de assessora sênior de Intervenção Estratégica no Escritório de País do Unaids para a
África do Sul desde 2017, onde trabalhou com foco particular na abordagem de fatores sociais e estruturais para a resposta ao HIV em cidades e programas de base comunitária.
Antes da África do Sul, ela trabalhou por sete anos no Escritório Regional do Unaids para a América Latina e o Caribe como assessora sênior de Informação Estratégica, liderando uma equipe de assessores de País e fornecendo suporte técnico direto aos escritórios nacionais do Unaids e a governos nacionais para desenvolver estimativas sobre a epidemia de HIV, informar sobre o progresso da resposta nacional e desenvolver capacidade de monitoramento e avaliação.
Cláudia iniciou sua carreira na ONU como assessora de Informação Estratégica no escritório do Unaids em Angola, orientando o desenvolvimento de estimativas de HIV e fortalecendo a capacidade local de reportar sobre a epidemia e a resposta.
Antes de ingressar no Unaids, ela foi oficial técnica para pesquisa no Instituto de Saúde Reprodutiva da Universidade de Georgetown, em Washington D.C., liderando os esforços de pesquisa operacional em serviços de saúde sexual e reprodutiva para adolescentes, mulheres e homens nas comunidades. Ela também tem experiência de trabalho como epidemiologista no Escritório de Saúde Pública do Estado da Louisiana, nos EUA.
Cláudia tem um Mestrado de Saúde Pública em Saúde Internacional, com foco em monitoramento e avaliação e pesquisa operacional, e graduação em Biologia, ambos pela Tulane University. Ela é casada e tem três filhos.
O poder da economia feminina
Ana L. Oliveira tornou-se Presidente e CEO da The New York Women’s Foundation em 2006. Sob sua liderança, a Fundação cresceu em várias dimensões, estabelecendo um novo plano estratégico, patrocinando relatórios de pesquisa de referência, aumentando a visibilidade e conscientização pública da presença da Fundação em Nova York, e aumentando drasticamente o impacto da Fundação, com a distribuição de um recorde de US$ 5 milhões em subsídios em seu 25º ano, em 2012.
Ana trabalha na área de saúde e serviços humanos há mais de 22 anos, desenvolvendo programas para populações vulneráveis em toda a cidade de Nova York. Ela atuou como diretora executiva da Gay Men’s Health Crisis por mais de sete anos, supervisionando uma reviravolta completa da agência.
Antes de trabalhar no GMHC, Ana dirigiu programas inovadores baseados na comunidade na Aldeia Samaritana, na Associação Osborne, nos Hospitais Kings County e Lincoln. Ana atuou como membro do New York City HIV Planning Council, na New York City Commission on Aids, presidiu a Comissão de Nova York para LGBTQ Runaway and Homeless Youth e, mais recentemente, co-presidiu a Iniciativa dos Jovens do Prefeito Bloomberg.
Atualmente, Ana atua como Co-Chair do Conselho da Women’s Funding Network. Em 2005, Ana foi retratada na Newsweek como “A melhor da América”, uma série que destaca indivíduos comuns usando sua visão extraordinária em nome de outros.
Seus prêmios incluem: Certificado da Mutual Welfare League, (Osborne Association); Prêmio Liberty, (Fundo de Defesa Legal e Educacional Lambda); Prêmio de Serviço Comunitário (Agenda do Orgulho do Estado do Império); o Prêmio Rosie Perez Fuerza (Comissão Latina sobre Aids) e o Prêmio Liberdade da União das Liberdades Civis de Nova York, entre outros.
Ana nasceu e foi criada em São Paulo, Brasil, e reside em Manhattan. Possui mestrado em Antropologia Médica pela New School for Social Research.
Política na luta por equidade
Chefe de Gabinete da Deputada Federal Luiza Erundina desde 1983, Muna Zeyn é graduada em serviço social. Exerceu o cargo de Chefe da Secretaria Particular da Prefeitura Municipal de São Paulo em 1982.
Foi Coordenadora das atividades do primeiro atendimento à saúde das mulheres acampadas, e dos assentamentos das reservas indígenas do Estado de São Paulo.
Atuou como membro da Comissão Científica da Mulher do Estado de São Paulo, membro da Comissão do prêmio Galba Araújo, em 2000/2004, e membro titular do Comitê de Vigilância à Morte Materna e Infantil do Estado de São Paulo em 2008/2016.
Participou na elaboração da Lei 2.155/1999, que criou o relatório Anual Socioeconômico da Mulher (RASEAM), da Lei 11.104/2005 que dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde, que ofereceram atendimento pediátrico em regime de internação, e da Lei 11.634/2007 que garante o direito da gestante ao conhecimento e vinculação à maternidade do SUS onde fará seu parto; as três de autoria da deputada Luiza Erundina.
Muna foi homenageada com a medalha Ruth Cardoso em 2010 e foi apresentadora do Programa ALLTV Mulher, de 2003 a 2014. Continua lutando pela participação da Mulher na Política e nos espaços de poder.
Dica de Entrevista
Unaids
Site: www.unaids.org.br
The New York Women’s Foundation
Email: hello@nywf.org
Muna Zeyn
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