Na última sexta-feira (12), representantes do movimento social de luta contra aids na cidade de São Paulo ocuparam o SAE Líder II (Serviço de Assistência Especializada em HIV/Aids), na zona leste da cidade, em um ato político contra a precariedade da assistência as pessoas vivendo com HIV/aids, a falta de humanização e recursos humanos, morosidade no atendimento e agendamento de exames e mudanças constantes na gerência.

Segundo o Mopaids (Movimento Paulistano de Luta Contra Aids), os usuários deste serviço municipal estão aguardando em média oito meses para uma consulta com o infectologista, além da defasagem na equipe multidisciplinar. (Leia mais)

Em resposta enviada à Agência Aids no final dessa quarta-feira (17), a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Leste, informou que o SAE Cidade Líder II é uma unidade de administração municipal direta e está em processos de readequação, para ampliar o atendimento aos munícipes.

“A CRS Leste informa que todas as equipes da unidade recebem capacitações contínuas para a melhoria no atendimento. Durante o mês de outubro, os profissionais que atuam na recepção receberam treinamento para melhor acolher a população. A unidade SAE Líder II dispõe de médicos ginecologistas e pediatras para o atendimento de gestantes e crianças.”

A SMS informou ainda que em 2020 foi implantado a unidade SAE São Mateus, para o melhor acolhimento e atendimento de qualidade à todos os munícipes da região leste.

Segundo informou a secretaria em nota, nos serviços municipais especializados em Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/Aids, houve uma diminuição no tempo médio de início da terapia antirretroviral (Tarv) em mais de 80%, entre 2016 e 2020. Atualmente, a média de espera entre o resultado do teste e o início do tratamento é de 20 dias.

Os últimos dados do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom) revelam que a cidade de São Paulo tem, aproximadamente, 45 mil pessoas em terapia antirretroviral, o que equivale a 85% das pessoas cadastradas no sistema. Desse número, 95,4% estão em supressão viral, ou seja, com a carga viral indetectável.

“As diretrizes de atenção às IST/Aids da Coordenadoria de IST/Aids da SMS observam as recomendações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos (PCDT) do Ministério da Saúde (MS), que preconizam periodicidade de retorno para as consultas médicas em adequação ao quadro clínico e fase de tratamento. Os pacientes estáveis (em TARV com supressão viral e assintomáticos) devem ter retorno semestral e os pacientes instáveis, ou em início de tratamento, devem ser vistos com maior periodicidade (entre 15 a 30 dias), ou de acordo com necessidade médica.”

Redação da Agência de Notícias da Aids

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