Al Rihla: Bola oficial da Copa do Mundo do Qatar é lançada

A Copa do Mundo 2022 está prestes a começar no Catar, primeiro país do Oriente Médio a sediar o Mundial. A seleção da casa vai enfrentar, neste domingo (20), o Equador.  O jogo será a partir das 13h, horário de Brasília, com a promessa de uma grande partida.

Certamente você já ouviu falar muitas vezes nesse minúsculo país, com pouco mais de 11,6 mil km² de extensão, equivalentes a pouco mais da metade do estado do Sergipe, menor estado da federação brasileira. Com uma população aproximada de 3 milhões de pessoas, o Catar tem menos 500 pessoas vivendo com HIV/aids. A incidência do HIV, por mil habitantes, é de 0.07 casos. Na faixa etária entre 15 e 49 anos, a prevalência é de 0,2%. Segundo dados do Unaids, menos de 200 pessoas conhecem a sorologia e estão em tratamento.

Ainda de acordo com o Unaids, o país faz parte do grupo de países que deportam estrangeiros com base no estado sorológico para o HIV.  O Catar exige teste de HIV ou a divulgação do estado sorológico para alguns tipos de autorizações de entrada, estudo, trabalho e/ou residência.

Mais números no Catar

* Mortes por aids desde 1985: menos de 100

* Mulheres maiores de 15 anos vivendo com HIV: menos de 100

* Cobertura do tratamento antirretroviral: 58%

Desde que, em 2010, o Catar foi decidido como o país que sediaria a Copa do Mundo de 2022, inúmeras críticas surgiram sobre a situação dos direitos humanos no país, especialmente no que diz respeito às mulheres, membros da comunidade LGBTQIA+, trabalhadores migrantes e jornalistas, por exemplo.

O Catar é um dos 70 países do mundo onde as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são criminalizadas, segundo a organização Anistia Internacional. No país, são aplicadas penas de até sete anos de prisão por violação dos artigos 285 e 296 do código penal, referentes a essas relações.

De acordo com a Human Rights Watch, há relatos de membros da comunidade LGBT sendo presos por atividades online, e o governo censura regularmente conteúdo relacionado à identidade de gênero e orientação sexual.

Em preparação para a Copa do Mundo, o governo do Catar disse que aceitará turistas da comunidade LGBT com “tolerância” e não restringirá sua expressão. Mas há dúvidas sobre como os cidadãos do Catar serão tratados ao mesmo tempo.

No começo de novembro, um embaixador da Copa do Catar disse em uma entrevista à televisão alemã ZDF que a homossexualidade era “um dano na mente” e afirmou: “Eles têm que aceitar nossas regras aqui.”

Por que a Copa do Mundo 2022 será no fim do ano?

Mulheres

As mulheres no Catar, assim como em outros países do Golfo Pérsico onde o islamismo é a religião oficial, enfrentam discriminação generalizada tanto na lei quanto na prática, de acordo com a Anistia Internacional. Sob o sistema de tutela masculina, as mulheres permanecem subordinadas aos seus tutores (pai, marido, irmão, etc.) e devem pedir sua permissão para decisões importantes como se casar, estudar ou trabalhar.

Além disso, a permissão é necessária para acessar o tratamento de saúde reprodutiva e controles ginecológicos básicos, como exames de Papanicolau, também é mais difícil para elas se divorciarem e ainda mais difícil obter a guarda dos filhos após o divórcio.

Onde fica o Catar?

No clima da Copa, um olhar sobre as temperaturas do Qatar – UNINTER NOTÍCIAS

Situado na península árabe, o Catar está em um território de deserto árido e possui um longo litoral no Golfo Pérsico (Árabe), com muitas praias e dunas. A sua capital, Doha, é reconhecida mundialmente por sua arquitetura inspirada no antigo design islâmico. Ali foram erguidos arranha-céus que emolduram toda a paisagem local.

Sua economia é baseada na exploração de petróleo, o que faz com que o país seja considerado um dos mais ricos do mundo. Metade do seu Produto Interno Bruto (PIB) vem do setor de gás e energia. China, Coreia do Sul, Índia e Japão estão entre os seus principais parceiros comerciais.

O território do Catar é considerado um emirado, governado por um emir, que é um título de nobreza equivalente ao de um príncipe. De norte a sul são apenas 211 quilômetros de extensão e o trajeto pode ser feito em duas horas e meia, de carro.  Trata-se de um país de maioria islâmica, que tem o árabe como língua oficial. No local, o inglês é bastante difundido, já que cerca de 75% da população é estrangeira.

Redação da Agência Aids com informações