O Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgou um novo relatório relacionado a mortes violentas de LGBT+ no Brasil em 2019. No total, foram 329 mortes violentas, sendo 297 homicídios e 32 suicídios.

No ano anterior (2018) foram registrados 420 casos, o que representa uma queda de 22% em 2019. O ano recorde foi 2017, com 445 mortes.

De acordo com o fundador do GGB, o antropólogo e historiador Luiz Mott, a diminuição em relação aos anos anteriores é “surpreendente”, mas que o crescente discurso LGBTfóbico da sociedade fez  “o segmento LGBT se acautelar mais, evitando situações de risco de ser a próxima vítima”.

O relatório alerta que apesar da queda em 2019, as mortes de LGBT+ tiveram um aumento acentuado em relação às décadas anteriores: de 130 homicídios em 2000, foi para 260 em 2010, subindo para 398 nos últimos três anos. Desde que o estudo começou a ser feito – em 2000 – foram 4,809 LGBT+ mortos no Brasil.

“Durante os governos de FHC mataram-se em média 127 LGBT por ano. Na presidência de Lula, 163, e no governo Dilma, 296. Nos dois anos e 4 meses de Temer, foram documentadas uma média de 407 mortes anuais, caindo para 329 no primeiro ano do governo Bolsonaro.  Enquanto nos Estados Unidos, com 330 milhões de habitantes, mataram-se no ano passado 28 transexuais, no Brasil, com 208 milhões, foram assassinados 118 trans”, aponta o relatório.

Fonte: Põe na Roda