Até 2030, cerca de 80 adolescentes vão morrer todos os dias de AIDS se não acelerarmos o progresso na prevenção da transmissão, disse na quinta-feira (29) a chefe do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Henrietta Fore. Às vésperas do Dia Mundial Contra a Aids, 1º de dezembro, a agência da ONU divulgou um novo relatório sobre a epidemia de HIV entre os jovens.

De acordo com o levantamento, 3 milhões de pessoas com 19 anos ou menos estão infectadas com o HIV em todo o mundo. Mais da metade das crianças que morrerão de aids não chegarão aos cinco anos de idade, revela a pesquisa.

“O relatório deixa claro, sem uma sombra de dúvida, que o mundo está fora do caminho no que diz respeito a acabar com a AIDS entre crianças e adolescentes até 2030”, disse Fore. O fim da aids é uma meta ambiciosa, concebida pela coalizão de agências da ONU para pôr fim à epidemia. Essa aliança se consolidou no Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids).

Segundo a publicação “Crianças, HIV e aids: O Mundo em 2030”, as tendências atuais indicam que mortes relacionadas à aids e novas infecções estão em redução, mas a trajetória descendente não está acontecendo rápido o suficiente.

Esforços para prevenção e tratamento da infecção, destacou Fore, ainda estão fora do desejado, especialmente no que diz respeito à transmissão do HIV de mães para bebês. “Programas para tratar o vírus e impedir que se propague entre crianças mais velhas não estão nem perto de onde deveriam estar”, acrescentou a dirigente.