Em meio às dificuldades econômicas, o presidente da Argentina Mauricio Macri decidiu excluir 10 ministérios. Entre as pastas que deixarão de existir, estão as da Saúde, da Cultura e do Trabalho. O Ministério da Saúde será absorvido pela pasta de desenvolvimento social.
O novo organograma foi definido durante um longo dia de reuniões no Palácio de Olivos, perto de Buenos Aires, com os mais influentes membros do governo. Os ministérios da Ciência e Tecnologia, Cultura, Energia, Agroindústria, Saúde, Turismo, Meio Ambiente, Trabalho e Modernização vão se tornar secretariados de outras pastas.
Desafios quanto ao HIV
Com as mudanças, o cenário em relação a financiamento para ações de combate ao HIV é incerto. De acordo com o Boletim de 2017 sobre HIV, aids e ISTs, há 122 mil pessoas vivem com vírus na Argentina. No entanto, 30% deste total desconhece essa informação. Assim, são 70 mil pessoas em tratamento, mas ainda faltam 38 mil para que seja atingida a meta de 90% das pessoas diagnosticadas.
Em 2016, a Argentina registrou 5.500 novas infecções pelo HIV e 2.400 mortes relacionadas à aids. Segundo o Unaids, entre as pessoas que vivem com o HIV e estão em tratamento, aproximadamente 50% têm carga viral indetectável. Desde 2010, novas infecções por HIV aumentaram em 16% e as mortes relacionadas à aids aumentaram em 3%.
Crise Econômica
A Argentina passa por uma série de dificuldades na economia. Em 2018, o peso perdeu 50% do valor em relação ao dólar. O Fundo Monetário Internacional (FMI) fechou um acordo de US$ 50 bilhões com o país em junho, mas exigiu uma série de reformas em contrapartida. O pacto prevê que a Argentina alcance superávit primário até 2020.
O ministério de Ciência e Tecnologia será mesclado com a pasta de Educação, o mesmo deve acontecer com o da cultura. O ministério de Energia será mesclado com o de Transporte.
As demais fusões de ministérios vão excluir as pastas de Meio Ambiente (entra em Modernização), Trabalho (entrará com Produção), agroindústria (vai para o Tesouro Nacional) e Turismo (será controlado pelo ministério da Produção).
Redação da Agência de Notícias da Aids