Mulheres e homens que vivem com HIV têm o direito de ter filhos e de ter seus direitos sexuais e reprodutivos garantidos. Esse foi um dos principais pontos defendidos pelo assessor de HIV e Juventude do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil (Unfpa), Caio Oliveira, durante o “II Seminário de HIV e Juventude”, em Manaus. Evento no último sábado (8) reuniu jovens soropositivos do estado do Amazonas, estudantes e profissionais de saúde para debater novas tecnologias de prevenção do HIV/aids e de outras infecções sexualmente transmissíveis.

Com uma apresentação sobre a importância da sociedade civil para a manutenção dos direitos sexuais e reprodutivos, o especialista da agência da ONU ressaltou que as pessoas que vivem com HIV e aids têm o direito de se relacionar afetivamente sem correr riscos de transmissão.

“As mulheres que vivem com HIV, por exemplo, precisam ter o direito de engravidar e não transmitir o vírus ao seu filho”, disse.

Para Oliveira, oferecer o acesso a serviços de saúde de qualidade e a medicamentos e insumos, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e preservativos, para todas as pessoas vai ao encontro da Agenda 2030 da ONU e seu objetivo de não deixar ninguém para trás.

Esse plano de trabalho das Nações Unidas para os próximos 12 anos traça metas ambiciosas para promover o desenvolvimento sustentável de todos os países. Entre os objetivos, estão a eliminação da pobreza e da fome, a redução das desigualdades, saúde e educação de qualidade para todos e o fim da epidemia de HIV/aids como ameaça de saúde pública.

Oliveira também lembrou os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, completos neste mês, no dia 10 de dezembro. O especialista abordou a garantia da atuação da sociedade civil e suas plataformas na construção de políticas públicas.

Fonte: ONU Brasil