Crédito: Osani

A Visual Aids, organização dedicada a informar e  sensibilizar a sociedade sobre o HIV/aids por meio da arte, anuncia um novo projeto de curtas-metragens intitulado ‘‘Todo mundo que conheço está doente’’. Inspirada por um trecho do livro ‘‘Black Futures’’, a produção que será lançada em 1 de dezembro – Dia Mundial de Luta contra a Aids -, visa desafiar os preconceitos e estigmas relacionados ao HIV e às diferentes deficiências, dando voz a pessoas que vivem com o vírus e outras condições de saúde.

Este projeto procura ainda busca questionar as percepções convencionais sobre o que é saúde e doença, convidando o público a repensar a maneira como encaramos esses temas socialmente. A ideia por trás desta  iniciativa é que a deficiência e a doença são experiências compartilhadas, que vão além dos rótulos e conceitos de normalidade.

‘‘Todo mundo que conheço está doente’’ apresenta diferentes perspectivas, incluindo histórias relacionadas ao HIV, Covid-19, saúde mental e envelhecimento.

Os artistas envolvidos foram selecionados por um júri composto por: Kimberly Drew, Marguerite Van Cook, Charan Singh e Pato Hebert. O parâmetro foi o conhecimento e a experiência daqueles que enfrentam essas condições de saúde.

O programa terá duração de uma hora de exibição pela Visual Aids, em parceria com mais de 150 galerias, incluindo museus, galerias, universidades e organizações em todo o mundo, gratuitamente. É a primeira vez que brasileiros participam de uma iniciativa como essa.

Conheça mais:

Dorothy Cheung, Murmúrios do Coração
Murmúrio do Coração convida pessoas que vivem com o HIV em Hong Kong a refletir sobre sua experiência com a pandemia de COVID, justapondo suas vozes com a paisagem urbana.

Hiura Fernandes e Lili Nascimento, Aquela criança com AID$
Aquela criança com AID$ conta a história de Lili Nascimento, ativiste e artiste brasileire, que nasceu com o HIV em 1990. Lili tem trabalhado para ampliar as narrativas sobre viver com o HIV para além das imagens e ideologias limitadas que impregnam a indústria da aids.

Beau Gomez, Esta cama que eu fiz
Esta cama que eu fiz apresenta a cama como um lugar de consolo e agência para além de ser apenas um local de doença ou isolamento. Através das histórias compartilhadas por pessoas que convivem com o HIV nas Filipinas, o vídeo explora formas de cuidado, restauração e abundância em meio à pandemia.

Dolissa Medina e Ananias P. Soria, Viejito/Enfermito/Grito (Velhinho/Doentinho/Grito)
Ananias, um artista e imigrante da região da Baía de São Francisco, apresenta a folclórica Danza de los Viejitos (Dança dos Velhinhos). Originário de Michoacán, México, onde esta dança se originou. Ananias interpreta seus movimentos através da lente de sua espiritualidade, suas deficiências prolongadas associadas com o HIV e sua busca por um lugar no mundo.

Kurt Weston, Perdendo a luz
Perdendo a luz reflete a amarga batalha do artista para permanecer neste mundo como um sobrevivente a longo prazo do HIV, que perdeu a visão devido à retinite por CMV. O vídeo é um autorretrato experimental, que evoca a dissolução e fragmentação do corpo do artista, representando o impacto da cegueira, da infecção por HIV a longo prazo e os efeitos cumulativos de décadas de medicação antirretroviral.

Redação da Agência de Notícias da Aids