Um estudo chamado Mosaico vai recrutar 3.800 pessoas na Europa e nas Américas para testar uma vacina contra o HIV.

Receberão a imunização apenas homens gays e bissexuais e mulheres transexuais, grupos que concentram a epidemia, segundo o UOL.

No Brasil, o estudo recrutará participantes em São Paulo (no Hospital das Clínicas da FMUSP, no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e no CRT DST Aids), no Rio de Janeiro (na Fiocruz e no Hospital Geral de Nova Iguaçu), em Belo Horizonte (na UFMG), em Manaus (na Fundação Medicina Tropical) e em Curitiba (no Centro Médico São Francisco). 

Interessados em se voluntariar para a pesquisa devem procurar essas instituições.

A vacina já foi testada no período de 2017 a 2019 entre mulheres cisgênero heterossexuais, de 18 a 29 anos, na África do Sul, Zimbábue, Moçambique, Zâmbia e Maláui. Nesses países, o vírus circula mais neste grupo. Não foram divulgados ainda dados desta parte do estudo.

Anteriormente, a vacina conseguiu êxito de 67% de proteção quando testada em macacos em efeitos colaterais graves.

Ela utiliza como vetor o Adenovírus 26, vírus inofensivo aos seres humanos usado na vacina para carregar enxertado em seu material genético informações para produção de proteínas do HIV.

Após aplicado em uma pessoa, esse vírus se replica e produz proteínas do HIV, provocando uma resposta de defesa contra elas e contra o HIV.

No estudo Mosaico, com duração de dois anos, uma parte dos participantes receberá a vacina e outra placebo. Todas as pessoas terão informações sobre prevenção ao HIV e serão testadas trimestralmente.

O que se quer descobrir é se as pessoas que receberem a vacina terão menor incidência de HIV do que as que tomarem o placebo.

Fonte: Guia Gay São Paulo