Saber a sorologia para infecções sexualmente transmissíveis antes do parto, assegurando a realização de um tratamento precoce, pode garantir o nascimento saudável do bebê. Por conta disso, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) incluiu no protocolo de atendimento que faz em Roraima a testagem para sífilis, hepatite e HIV. Com isso, desde o dia 15 de outubro as mulheres refugiadas e migrantes atendidas pela Operação Acolhida podem saber seu estado sorológico e iniciar mais brevemente o tratamento, garantindo qualidade de vida.

A testagem é direcionada especialmente para mulheres gestantes, que ainda não começaram o pré-natal , e aquelas em processo de interiorização, ou seja, que viajarão para outras cidades do país. Contudo, os testes deverão ser aplicados em todas as mulheres atendidas pela equipe de saúde sexual e reprodutiva do UNFPA atuando no contexto humanitário.

A coordenadora de saúde sexual e reprodutiva do UNFPA, Ana Spiassi, explica que o pré-natal preconiza como rotina a testagem no primeiro e no terceiro trimestres, porque a gestante pode se reinfectar. “Nosso esforço é encaminhar as gestantes positivas, principalmente para sífilis, para que elas tenham tempo de buscar a rede de referência local e iniciar o tratamento, antes de serem interiorizadas”.

Ana Spiassi acrescenta que no caso das mulheres testadas positivas, será feito contato com o serviço de saúde local para referenciar o caso e dar continuidade no tratamento, com acompanhamento em qualquer cidade para a qual ela seja encaminhada. A coordenadora explica que no caso do HIV é essencial saber a condição sorológica da mãe, pois a medicação anti-HIV para gestantes foi a primeira e bem sucedida estratégia de prevenção da doença para os conceptos. “A gestante positiva para HIV tratada durante a gestação ou pelo menos no parto reduz de maneira significativa a possibilidade do bebê ser infectado pelo vírus”, explica.

Fonte: ONU Brasil