O projeto artístico “Corpo Vivo Posithivo” foi criado pelos educadores e fotógrafos Gustavo Falqueiro e Leandro Tupan como instrumento de combate ao preconceito contra pessoas que vivem com HIV, e teve apoio do CRT-DST/Aids-SP. Os corpos de pessoas que vivem com HIV são gravados no tecido com um processo fotográfico artesanal do século XIX que cria imagens azuis, a cianotipia. Posteriormente o tecido recebe intervenções em costura para tornar-se um estandarte e ser visto nas ruas e outros espaços públicos, amplificando a voz e a visibilidade dessas pessoas em sua luta contra a estigmatização.

Nesta primeira edição, o projeto produziu quatro estandartes que trazem a imagem dos corpos de jovens que vivem com HIV e participam de programas desenvolvidos pelo Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids de São Paulo (CRT).

No dia 20 de novembro de 2019 foi feita a impressão em cianotipia, utilizando a luz do sol para sensibilizar os tecidos previamente preparados com reagentes fotossensíveis no jardim do Centro de Referência. A ação teve a produção e articulação da psicóloga Sandra Vilchez, do CRT, e a participação dos jovens David Oliveira e Piter Petrely. Em seguida, os tecidos receberam intervenções adicionais de artistas convidados: o Coletivo Meio Fio, que realiza intervenções urbanas utilizando-se de artes têxteis, e Amarela Upcycling, ateliê de criação têxtil para vestir, focado no reaproveitamento de materiais descartados pela indústria.

Os estandartes participarão de atividades relacionadas ao Dia Mundial de Combate a Aids em espaços públicos da cidade de São Paulo, como a 3ª Caminhada da Aids, e depois permanecerão em exposição durante o mês de dezembro no CRT-DST/Aids-SP.