Os pacientes portadores do vírus HIV relatam dificuldades para encontrar os medicamentos necessários para o tratamento da doença. Os remédios, que são distribuídos gratuitamente pela rede pública de saúde, estão em falta nas clínicas da Família e nos postos de saúde da cidade. Em 2017, um problema de logística também afetou a distribuição do medicamento.

De acordo com Maria Eduarda Aguiar, integrante da ONG ‘Pela Vidda’, esses remédios são importantes para evitar complicações na saúde dos pacientes.

“A falta dessa medicação e descontinuidade no tratamento gera prejuízos graves ao paciente. O paciente que fica sem esse medicamento por um dia ou dois pode fazer com que o vírus fique ainda mais resistente.”, explica Maria.

O estado do Rio de Janeiro só administra a entrega dos remédios de HIV para os outros 91 municípios do estado. A distribuição na capital é feita diretamente entre prefeitura e Ministério da Saúde.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que todos os medicamentos para tratamento da Aids são fornecidos pelo Ministério da Saúde. A SMS disse ainda que houve uma irregularidade no abastecimento e algumas apresentações de certos medicamentos estão sendo substituídas temporariamente pelo Ministério da Saúde.

De acordo com a Secretaria, a substituição está sendo realizada pelos mesmos medicamentos com outra apresentação, o que não gera nenhum dano ao tratamento. Os pacientes que tiverem dúvida ou dificuldade na retirada da medicação devem procurar a direção da unidade ou seu médico para os devidos esclarecimentos.

O Ministério da Saúde esclarece que não há falta de medicamentos para o tratamento antirretroviral no país. Em relação ao medicamento Darunavir 600mg, o estoque do estado do Rio de Janeiro em março deste ano é de 423.530 comprimidos. O Ministério destaca que o consumo médio mensal (últimos 3 meses) é de 309.030 comprimidos para atender aos pacientes do Estado. Além disso, já está programada uma entrega de 100.020 comprimidos para a próxima semana.

Fonte: G1