Os Jogos Olímpicos de Tóquio chegaram ao fim no último domingo, 8 de agosto. A partir desta quinta-feira (12),  a Agência de Notícias da Aids traz os dados de aids e Covid-19 das 10 primeiras delegações que mais conquistaram medalhas no Japão. As Olimpíadas, realizada em meio a pandemia e que celebrou a diversidade, teve como vencedor os Estados Unidos, que viraram no último dia e terminaram com 39 ouros, um a mais do que a China. O Japão terminou em terceiro, com 27. O Brasil ficou em 12º, com 7 ouros e 21 pódios no total.

Os Estados Unidos seguem como a maior potência olímpica do mundo. Com mais dificuldade do que o previsto, o país conquistou ainda 41 pratas e 33 bronzes, somando 113, enquanto a China encerrou com 38 ouros, 32 pratas e 18 bronzes, totalizando 88. É a menor diferença entre os dois primeiros colocados do quadro desde os Jogos de 1912, quando os americanos venceram os suecos por 25×24.

China, Japão, Grã-Bretanha (Reino Unido) e o Comitê Russo completaram o top-5 do quadro. A Grã-Bretanha, mesmo com um desempenho ruim no remo, se manteve no top 5 com destaque no ciclismo e no pentatlo moderno.

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A Austrália, mantendo a tradição de um país ligado às águas, ficou em sexto lugar, principalmente pelos resultados na natação, vela, remo e canoagem. A novidade do grupo dos 10 maiores países é a Holanda, que tinha ficado em 11º nos Jogos do Rio, e agora fechou em sétimo lugar, com 10 ouros, 12 pratas e 14 bronzes.

Fecharam o top 10 outros países que estão neste grupo há muito tempo, com a França em oitavo lugar, a Alemanha em nono e a Itália em décimo, com destaque para o atletismo.

Estados Unidos

Mais de 1,1 milhão de pessoas vivem com HIV/aids nos Estados Unidos e quase uma em cinco (15,8%) não conhecem seu estado sorológico.

Em 2019, 37.832 pessoas receberam diagnóstico de HIV nos Estados Unidos, segundo o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), agência de pesquisa em saúde pública ligada ao Departamento de Saúde. Apesar de abrigar apenas 38% da população americana, o sul respondeu por 52% desses novos casos.

Dentro dessas estimativas, alguns grupos são mais afetados. Os homens que fazem sexo com homens (HSH), por exemplo, continuam se infectando mais e, entre as etnias, os afro-americanos são os mais afetados.

A população negra é “desproporcionalmente impactada”, aponta o relatório, e em 2017 respondia por 53% dos novos diagnósticos de HIV na região. De acordo com o CDC, 67% dos novos diagnósticos em mulheres que vivem no sul são registrados em mulheres negras. Foram 2.584 diagnósticos nesse grupo em 2017.

Segundo o CDC, em todo o país, um em cada dois homens negros gays e bissexuais corre o risco de ser diagnosticado com HIV ao longo da vida. Entre homens brancos no mesmo grupo, esse risco é de um em cada 11. Na população geral, uma em cada 99 pessoas corre o risco.

Dados do Unaids mostram que a prevalência entre homens que fazem sexo com homens, independente da raça, é de 14,5%, e que, dessa população 83% conhece sua condição sorológica. O mesmo relatório mostra também que apenas 42% desse grupo relatam o uso de preservativo nas relações sexuais.
Covid-19

A transmissão comunitária da Covid-19 voltou a crescer nos Estados Unidos. Entre 5 de julho e 9 de agosto, ocorreu um aumento de 79%. A transmissão comunitária é a ocorrência de casos sem vínculo a um caso confirmado em área definida. Por isso, não é possível rastrear qual a origem da infecção, indicando que o vírus circula entre as pessoas.

 

Na primeira data, 457 condados estavam com um índice alto de transmissão. Já na segunda, esse número aumentou para 2.361. De acordo com o portal Our World In Data, desde junho há um aumento de novos casos da doença no país. A alta se deve à variante Delta e a pessoas que ainda não se vacinaram.

 

A vacinação nos Estados Unidos, já disponível para todos, enfrenta uma enorme resistência de grupos negacionistas. Uma pesquisa revelou que um quinto dos pais disse que não vacinarão os filhos contra a doença.

 

Os dados dizem respeito apenas a pais com filhos em idades autorizadas a receberem algum imunizante, ou seja, a partir dos 12 anos.

 

No último domingo, o país registrou o maior número de crianças hospitalizadas devido à Covid-19 desde o início da pandemia. Segundo o diretor dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), Francis Collins, 1.450 jovens estão internados com a doença.

 

De acordo com ele, o número de mortes aumentou 89% nas últimas semanas devido à variante Delta, descoberta pela primeira vez na Índia e com maior capacidade de transmissão, ao mesmo tempo que os casos mais graves estão aumentando entre os menores de 18 anos.

 

“Se tivéssemos sido mais bem-sucedidos em fazer com que todos fossem vacinados, não estaríamos nesta situação”, disse Collins em entrevista ao canal ABC News.

 

O governo americano começou a vacinar crianças e adolescentes acima dos 12 anos em maio. No entanto, até o momento nenhum imunizante foi aprovado para menores de 12 anos, o que os deixa mais vulneráveis. Ainda não há comprovação de que a variante Delta é mais séria em crianças, porém pediatras americanos estão atentos ao aumento de internações e casos graves nessa faixa etária.

 

Até o momento, 70,6% dos americanos adultos já receberam ao menos a primeira dose, enquanto 49% estão com o ciclo vacinal completo.

Redação da Agência de Notícias da Aids com informações