A secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, defende que, como todos os grupos prioritários do PNI foram vacinados, ‘é o momento de repensarmos a estratégia’

BRASÍLIA — A secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, disse ao GLOBO que a pasta deve fechar na próxima segunda-feira os novos indicadores dos cálculos que decidem quantas doses de vacinas contra a Covid-19 irão para os estados.

— Fecharemos os indicadores na segunda-feira juntamente com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), visto que a gestão é Tripartite — disse Melo.

O GLOBO mostrou mais cedo que a secretária se reuniria neste sábado com técnicos e com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para rediscutir o modelo de distribuição de vacinas, que atualmente é feito pela distribuição populacional.

As mudanças chegam no momento em que pelo menos cinco capitais, incluindo o Rio, suspenderam a aplicação da primeira dose das vacinas por falta de imunizantes. Rio de Janeiro, Salvador, Belém, Campo Grande e João Pessoa informaram que só aplicaram a segunda dose neste sábado. Florianópolis aplica a primeira dose para gestantes e puérperas.

Na reunião, a secretária disse ter apresentado as demandas e questionamentos dos estados e municípios, além da perspectiva de doses dos próximos dois meses e o que já foi enviado para os estados.

— Como já aplicamos em todos os grupos prioritários do Programa Nacional de Imunização (PNI), será o momento de repensarmos a estratégia, principalmente com o maior aporte de doses que virão. E completou:

— Também rediscutiremos, juntamente com o Departamento de Logística, a distribuição das vacinas, desde a chegada ao aeroporto, processos de segurança, despacho aos estados após a pauta confeccionada — disse.

O Brasil ultrapassou 548 mil mortes por Covid-19 na sexta-feira, quando mais 1.286 morreram por conta da doença. A média móvel foi de 1.131 óbitos, redução de 14% ante duas semanas atrás.

Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h.

Fonte: O Globo