O Departamento IST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (22), a Campanha Indetectável, que tem como protagonistas 13 pessoas que vivem com HIV e que trazem a mensagem sobre a importância do tratamento.

A campanha está dividida em duas etapas, sendo a primeira com pessoas que vivem com HIV e receberam o diagnóstico recentemente e outras que descobriram ser HIV positivo nos anos 80 e 90, logo no início da epidemia de aids no mundo. Todos os personagens contam em suas histórias como receberam o diagnóstico, a luta pela aceitação e as dificuldades para aderirem ao tratamento.

No evento, foram apresentados os materiais da campanha, além da exposição fotográfica um bate-papo com os protagonistas que estarão presentes no lançamento. O objetivo da campanha é informar e provocar a reflexão sobre o viver com HIV/aids, estigma e preconceito.

Segundo o Departamento, todos os participantes da campanha possuem ótima adesão ao tratamento antirretroviral, vivem bem, trabalham, namoram, fazem planos e estão com o vírus indetectável no organismo. Estar indetectável é uma condição alcançada pelas pessoas que vivem com HIV através do uso correto dos medicamentos antirretrovirais que faz com que as pessoas vivendo com HIV/aids alcancem a chamada “carga viral indetectável”. Evidências científicas demonstram que além da melhora significativa na qualidade de vida, a condição de se estar indetectável impede a transmissão do HIV por via sexual.

Ao todo foram lançados 13 vídeos testemunhais que contam a rotina de como é possível viver bem com o vírus com a adesão ao tratamento. Uma das personagens, Beatriz Pacheco, hoje com 70 anos, se considera “HIVÓ” e foi a primeira mulher do Rio Grande do Sul a declarar publicamente o diagnóstico soropositivo.

“Sou advogada aposentada, tenho 5 netos e um bisneto, e convivo com HIV há 25 anos, no tempo em que ainda se dizia que ter HIV era decretar sua sentença de morte. Hoje o HIV é apenas um detalhe em nossa vida. É mais que possível ter uma vida comum e assim que deve ser. Eu mantenho o sorriso. Eu me cuido. Eu me trato”.

Fonte: Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais