Governo cria comitê para reduzir casos de tuberculose até 2030 | Agência Brasil

Na última segunda-feira (2), ocorreu a 4ª Reunião do Grupo de Trabalho da Saúde do G20, em Natal (RN). Durante o evento, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Ministério da Saúde se reuniram para discutir a eliminação da tuberculose no contexto das mudanças climáticas.

A Coordenação-Geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (CGTM/Dathi), foi convidada a participar para compartilhar as experiências do Brasil sobre o tema.

A servidora Daniele Maria Pelissari representou a Coordenação no evento, apresentando dados da resposta do Brasil às interrupções de serviços de saúde causadas pelas mudanças climáticas. A atuação do Ministério da Saúde durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024 foi abordada durante a apresentação.

Durante a crise, 21 das 134 unidades de saúde em Porto Alegre ficaram fechadas. O Dathi, a sociedade civil organizada, o programa estadual de tuberculose do Rio Grande do Sul e os municipais atuaram juntos na resposta coordenada ao evento, com o restabelecimento da rede laboratorial e dos estoques de medicamentos perdidos na enchente, além de outras ações coordenadas para evitar a transmissão da tuberculose.

A coordenadora-geral da CGTM, Fernanda Dockhorn, avalia a urgência da resposta à tuberculose frente aos impactos das mudanças climáticas na população. “A crise do clima amplia os determinantes sociais que tornam alguns grupos mais vulneráveis a doenças e infecções, como a tuberculose”, aponta. “Eventos extremos vivenciados no Brasil, como enchentes, ondas de calor e secas, criam um cenário perigoso para a interrupção da oferta de serviços de saúde, o que pode impactar negativamente o cumprimento das metas para o fim da tuberculose.”

Fonte: Ministério da Saúde