Em 29 de janeiro comemora-se o Dia Nacional da Visibilidade Trans no Brasil.  No ano de 2004, exatamente no dia 29 de janeiro, pela primeira vez na história do Brasil, travestis e transexuais estiveram no Congresso Nacional para falar aos parlamentares brasileiros sobre a  sua realidade.

Segundo dados divulgados pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), mesmo com a entrada da pandemia da Covid-19, causada pelo novo Corona vírus, o desrespeito à população Trans não só persistiu, como aumentou. Os dados relativos a 2020 comparados com 2019 demonstram que houve um aumento de 47% no número de assassinatos de pessoas trans no período entre 1 de janeiro e 31 de outubro de 2020, quando comparado com o mesmo período de 2019, durante pandemia do coronavírus.

Enquanto em 2020 tivemos 151 casos, em 2019 foram 103 assassinatos no mesmo período. Em 2017 e 2018 tiveram 157 e 139 registros respectivamente’.

Na próxima terça-feira, 26, a Agência Aids realiza a live: “Visibilidade Trans, questões atuais, avanços e o futuro”. Conheça os convidados que conversarão com a jornalista Roseli Tardelli:

 

Alexandre Peixe dos Santos

Alexandre, de 48 anos, é um homem trans e engravidou aos 19, depois de sofrer um estupro ‘coletivo’ e ‘corretivo’, no interior de São Paulo. Na época, ele se identificava como “lésbica masculinizada” e nunca pensou em engravidar. “Quatro homens me atacaram e me bateram, eles queriam me dar uma lição.” Foi membro do IBRAT (Instituto Brasileiro de Transmasculinidade) e é o primeiro homem transexual brasileiro a realizar procedimentos cirúrgicos financiados exclusivamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Segundo ele, as pessoas transexuais podem optar pelo tratamento hormonal para adequar o seu corpo ao sexo psicológico.

 

 

Ariadne Ribeiro 

Ariadne é mãe, mulher transexual e vive com HIV há 20 anos. Hoje atua como assessora de apoio comunitário para o Unaids no Brasil.  Ela tem grande experiência em prevenção do HIV e adesão ao tratamento antirretroviral entre populações-chave com sinergia de vulnerabilidades, incluindo pessoas em situação de rua, usuários de álcool e outras drogas, travestis, transexuais e trabalhadoras do sexo. Ariadne é professora universitária, mestre e doutoranda em Psiquiatria e Psicologia Médica na Unifesp. Auxiliou na formação da rede básica de saúde do Município de São Paulo para a atenção à população trans.

 

 

Serviço:

Live: “Visibilidade Trans, questões atuais, avanços e o futuro”.

Quando: Terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Horário: 21h

 

Para acompanhar, basta acessar os links abaixo:

 

TV Agência Aids: agenciaaids.com.br (na parte inferior da homepage)

Youtube: https://youtu.be/Y_A3G36uv7c

Facebook: ibit.ly/LuN0