Na noite desta terça-feira (16), a ativista Jacqueline Rocha e as especialistas Margarete Mota e a Helena Amaral participaram da live “Saúde integral da mulher e práticas integrativas e complementares em saúde (PICS)”, organizada pelo Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP). As terapeutas compartilharam as suas experiências e dicas sobre qualidade de vida e saúde integral.

“Enquanto ativistas e mulheres vivendo com HIV, devemos lembrar mais de embutir as práticas integrativas e complementares em saúde na nossa luta, o tratamento antirretroviral freia a ação do vírus no nosso organismo, mas o coquetel não trata da nossa cabeça. Somos gratas ao tratamento, mas precisamos de outras práticas para nos ajudar”, disse Jacqueline Rocha, do MNCP.

As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças como depressão, hipertensão e outros problemas crônicos e da saúde mental. Essas práticas estão disponíveis na rede privada e também no Sistema Único de Saúde.

Evidências científicas mostram os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares. No entanto, as PICS não substituem o tratamento tradicional. Elas são indicadas por profissionais específicos conforme as necessidades de cada indivíduo.

A naturóloga Margarete Mota disse que é preciso conhecer mais sobre as práticas. “Temos no Brasil a política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS e tem muita
gente que desconhece, é importante que os usuários saibam, para que façam o uso delas, e para que tenhamos mais dessas práticas indo para outros lugares onde não estão”.

A psicóloga Helena Amaral, que é terapeuta floral, explicou que “as mulheres com HIV vivem em um conflito intenso entre os sentimentos e o corpo físico, essa questão envolve uma série de fatores como saúde e doença, vida e morte, medo e culpa, confrontos que as PICS podem ajudar.”

Atualmente, o SUS oferece 29 procedimentos de Práticas Integrativas e Complementares à população. Dentre elas estão: Ayurveda, Biodança, Bioenergética, Dança circular, Homeopatia, Medicina Tradicional Chinesa — acupuntura, Meditação, Musicoterapia, Plantas medicinais — fitoterapia, Quiropraxia, Reiki, Terapia Comunitária Integrativa, Terapia de florais, Yoga, entre outras.

“A mulher na sua tradição cultural valoriza muito essas práticas culturais, como fazer chás, rezas, conhecer algumas ervas, então quando ela se depara com essas iniciativas nas redes públicas ou privadas, a mulher aceita sem dificuldade”, disse a psicóloga Helena.

Margarete, que é terapeuta Ayurveda, explicou na live como essa prática é realizada. “Essa palavra é de origem indiana, resumidamente o seu significado é ciência da vida. Ele é chamado assim porque nos proporciona um conhecimento e ferramentas para vivermos da melhor forma possível com saúde, qualidade de vida e ter longevidade, por isso é ciência da vida.”

Helena Amaral garantiu que as PICS são um excelente na busca por qualidade de vida. “Os florais, os cristais, a ayurveda e o yoga, e todas as outras, essas práticas permitirão que os outros lados que não são tratados pelos medicamentos possam
ser acolhidos, para que essa mulher tenha uma condição de vida melhor”.

A mediadora da live conclui dizendo que é “importante lembrar que, tanto Margarete Mota quanto Helena Amaral, estão falando da saúde integral da mulher que é o nosso propósito enquanto mulheres e mulheres vivendo com HIV/aids.”

 

Assista a live:

Gisele Souza (gisele@agenciaaids.com.br)