O penúltimo jogo da Copa do Mundo de 2018 será entre Bélgica e Inglaterra, neste sábado, a partir das 11h (de Brasília), no Estádio São Petersburgo. As duas equipes derrotadas nas semifinais disputam o terceiro lugar da competição. O jogo é um aquecimento para a final França x Croácia, no domingo, mas não está sendo tratado como uma partida sem importância.

Uma vitória da Inglaterra significaria o segundo melhor desempenho da história da seleção em Copas – atrás apenas do título em 1966. A Bélgica, por sua vez, busca assegurar o posto de melhor geração da história do país.

Na luta contra aids, a Bélgica sai na frente. Lá, em 2015, quase 16 mil do 18 mil soropositivos estavam em tratamento. Neste mesmo ano, o número de novos diagnósticos diminuiu 4,7% em relação a 2014.

Já na Inglaterra, os diagnósticos tardios são um grande desafio. Segundo o Relatório de Saúde Pública da Inglaterra e do Reino Unido, no ano de 2016, 42% dos diagnósticos foram realizados em estágio já avançado da infecção. Relembre a seguir como os dois países lutam contra a aids:

Bélgica

Na Bélgica, a presença de casos de HIV/aids entre adultos, de 15 a 49 anos, é de 0,2%, ou seja, em torno de 18 mil belgas vivem com a doença no país. A prevalência entre homens que fazem sexo com homens (HSH) é de 12,3%, entre os profissionais do sexo é de 0,7% e 2% entre os usuários de drogas injetáveis.

Em 2015, quase 16 mil soropositivos estavam em tratamento. Neste mesmo ano, o número de novos diagnósticos diminuiu 4,7% em relação a 2014.

A Bélgica deu um passo à frente na sua resposta à aids com o lançamento de seu primeiro Plano Estratégico Nacional para o HIV, em 2013. A própria Rainha Matilde acompanhou sua formulação e o lançamento. O planejamento 2014-2019 tem três pilares centrais: prevenção do HIV, testes e tratamento e cuidado e apoio. O plano aborda um contexto no qual mais de mil novas infecções por HIV estão sendo relatados a cada ano. E prioriza as populações mais afetadas, incluindo homens que fazem sexo com homens (HSH) e trabalhadores migrantes. Apesar de o número de pessoas que vivem com HIV na Bélgica ser considerado baixo, a taxa de novas infecções não tem diminuído nos últimos anos.

O Unaids elogiou a Bélgica por seu apoio de longa data e por sua liderança política na resposta global à aids. O país está entre os aliados mais fortes do Unaids em questões como a promoção dos direitos humanos no contexto do HIV, incluindo saúde e direitos sexuais e reprodutivos.

Mais números

População: 11,3 milhões de habitantes.
17,20% da população têm 65 anos ou mais
80% das pessoas com mais de 65 anos têm uma doença crônica
85% daqueles com mais de 75 anos sofrem de três doenças crônicas.

Inglaterra

O Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e Aids (Unaids) não computa os dados da Inglaterra separadamente, mas do Reino Unido formado por, além da Inglaterra, Escócia, Gales e Irlanda do Norte. São 101.200 pessoas vivendo com HIV/aids. São 6.095 novas infecções ao ano e, até então, 594 mortes por aids foram registradas. A prevalência do HIV é de 0,16%.

Já entre homens que fazem sexo com homens, a prevalência é de 2,5%. Quanto ao tratamento, o números são animadores: 96% dos adultos infectados estão tomando antirretrovirais. E 94% estão com carga viral indetectável.

Por outro lado, os diagnósticos tardios são um grande desafio. Segundo o Relatório de Saúde Pública da Inglaterra e do Reino Unido, no ano de 2016, 42% dos diagnósticos foram realizados em estágio já avançado da infecção.

Além disso, outro desafio está associado a falta de informação. Uma recente pesquisa no Reino Unido, revelou que apenas 45% das população pôde identificar as formas de transmissão do HIV.

Redação da Agência de Notícias da Aids