O número de pacientes diagnosticados com hepatites virais, no Brasil, subiu 20% entre 2008 e 2018. Segundo os dados do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2019, em 2008 foram identificados 35.370 casos. Em 2018 eram 42.383.
No entanto, apesar do aumento do número de casos, a mortalidade está em queda. Numa década desceram 9%, de 2.402, em 2007, para 2.184, em 2017.
O maior número de pessoas com hepatite C está na faixa etária acima dos 40 anos.
Ampliar os investimentos públicos no combate aos diferentes tipos de hepatite viral salvaria a vida de 4,5 milhões de pessoas nos próximos 11 anos, segundo uma estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Isso significaria que esses países teriam que investir, juntos, R$ 23 bilhões ao ano no combate à hepatite para reduzir as novas infecções em 90% e as mortes, em 65%.
Essa meta é oficialmente apoiada por todos os países membros da OMS, inclusive o Brasil. Dos 150 países membros, mais de 40% não têm um plano para eliminar a hepatite.
De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, mais de 500 mil pessoas convivem com o vírus C da hepatite sem saber. Esse tipo é o que mais preocupa as autoridades de saúde do país. Em 2018, foram notificados 26.167 casos de hepatite C no Brasil, ante 13.992 casos de hepatite B e 2.149 casos de hepatite A. Foram registrados também 145 casos da hepatite D no país.
Em um evento em Campo Grande (MS), na segunda-feira (22), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que a expectativa é chegar a 50 mil tratamentos por ano — em 2019, foram enviados cerca de 24 mil kits de tratamento para os estados.