As cidades portuguesas de Almada, Amadora, Loures, Odivelas, Oeiras, Portimão e Sintra assinaram neste mês (10) a Declaração de Paris, um documento da ONU com compromissos pelo fim da aids. Juntando-se a Cascais, Lisboa e Porto, os municípios entram para o time de Prefeituras de Portugal engajadas em ampliar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento do HIV.

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) lembrou que o país europeu tem sido pioneiro na resposta à aids desde o início da epidemia, adotando políticas progressistas sobre drogas e tornando o tratamento do HIV gratuito para todos, independentemente da situação migratória dos pacientes.

Na avaliação da ONU, Portugal continua liderando os esforços de saúde sobre o tema, impulsionando modelos de cuidado baseados na comunidade.

A Declaração de Paris prevê o cumprimento das metas 90-90-90 da ONU para 2020: ter 90% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas; desse total, 90% em tratamento; e que 90% desse grupo tenha carga viral indetectável.

Durante uma visita a Cascais, o diretor-executivo adjunto do Unaids, Tim Martineau, participou do lançamento nacional de uma iniciativa para aproximar os serviços de HIV das pessoas — a testagem para o vírus em farmácias comunitárias. Esse projeto foi integrado à Estratégia de Aceleração da Resposta da Cidade de Cascais.

Outra medida é a disponibilização dos autotestes de HIV, que devem ser liberados ainda em 2018, pois a legislação necessária para aprovar o método diagnóstico acabou de ser aprovada pelo governo português.

Durante sua viagem a Portugal, Martineau também visitou o Programa de Extensão Móvel de Ares do Pinhal – Associação para a Inclusão Social. Com o apoio do Ministério da Saúde, o projeto oferece, desde 1986, serviços de redução de danos e apoio social para pessoas que usam drogas injetáveis. A iniciativa atende a cerca de 1,2 mil indivíduos diariamente, fornecendo diagnóstico e tratamento para HIV, hepatite C, tuberculose e sífilis. Também é possível obter preservativos, metadona e seringas novas.

O programa não discrimina os participantes e é aberto a todos, incluindo migrantes não regularizados.

Fonte: ONU