Recentemente, representantes do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana da Saúde com sede em Washington/EUA (Opas Washington) e Brasil (Opas e CDC Brasil), estiveram no Brasil para dialogar sobre estratégias para controlar a sífilis e a sífilis congênita como problema de saúde pública.

A reunião foi uma solicitação do CDC que se interessou pelas ações brasileiras na resposta à infecção sexualmente transmissível (IST), especialmente no que diz respeito ao acesso à penicilina, oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e ao protagonismo da enfermagem nas ações de testagem e cuidado da população.

Durante o encontro no Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde (Dathi/MS), apresentou a iniciativa brasileira de certificação para a eliminação da transmissão vertical de HIV, sífilis, hepatite B e doença de Chagas, adaptada de uma estratégia da Opas e da OMS, que chamou a atenção dos especialistas estadunidenses. Essa certificação reconhece os esforços dos municípios em alcançar metas específicas para a prevenção e eliminação da transmissão vertical. Além disso, o uso de testes rápidos para detecção da sífilis no SUS e a participação da sociedade civil na formulação das políticas públicas de saúde também foram destaques.

De acordo com a coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis (Cgist/Dathi/SVSA/MS), Pâmela Gaspar, o encontro promoveu a trocar de informações sobre a situação epidemiológica da sífilis na América Latina, e particularidades no Brasil, bem como informações dos Estados Unidos. O diálogo conjunto sobre as ações permitiu identificar semelhanças e diferenças nos desafios enfrentados por ambas as nações e na região das Américas como um todo. A coordenadora também destacou a importância da intensificação da colaboração para aprofundar o conhecimento sobre a sífilis e desenvolver novas estratégias para o controle da IST e eliminação da transmissão vertical.

“A colaboração entre o Brasil, Estados Unidos e Região das Américas como um todo é essencial para que possamos ter uma resposta conjunta à sífilis e à sífilis congênita. A troca de experiências e o compartilhamento de conhecimentos permite a implantação de soluções inovadoras, bem como acelerar o processo de eliminação da infecção nas Américas”, informou.

Daniela Mendes dos Santos Magalhães e Beatriz Maciel Luz – que atuam na Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal – informaram na reunião sobre a experiência com sífilis e as ações desenvolvidas no território que vem culminando na queda dos casos de sífilis congênita.

Representantes do Dathi, Universidade Federal do Espírito Santo, Universidade Federal de Santa Catarina, CDC, Opas dos Estados Unidos, Opas Brasil e da OMS participaram do encontro e também estiveram na sede da Opas Brasil, em Brasília, sendo recebidos por Socorro Gross Galiano — representante da Opas/OMS no Brasil e Miguel Aragón — coordenador de Prevenção e Controle de Doenças Transmissíveis da Opas.

Fonte: Dathi