Com o avanço da Covid-19 no Brasil, milhares de pessoas têm seguido as orientações das autoridades médicas e se isolado em suas casas na tentativa de conter a pandemia, inclusive as pessoas vivendo com HIV/aids. Para contar como tem sido o dia a dia dessas pessoas, a Agência de Notícias da Aids convidou ativistas a darem seu depoimento sobre o que tem feito para tornarem as quarentenas individuais possíveis de serem vividas. Não tem sido fácil para ninguém ver, de uma hora para outra, seu cotidiano alterado e sua vida restrita por uma medida de precaução que deve ser seguida, segundo as autoridades de saúde internacionais, por todos.

De acordo com o Unaids, a Covid-19 é uma doença grave e todas as pessoas que vivem com HIV devem tomar todas as medidas preventivas recomendadas para minimizar a exposição ao novo coronavírus e se prevenir da infecção. As pessoas idosas vivendo com HIV ou pessoas vivendo com HIV que  tenham problemas cardíacos ou pulmonares podem ter maior risco de infecção pelo vírus e sofrer sintomas mais graves, assim como ocorre com a população em geral.

No Brasil, as secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até 19h40 de quarta-feira (25), 2.527 casos confirmados do novo coronavírus, com 59 mortos. O Rio de Janeiro registra oito mortos e São Paulo, 48. Amazonas, Pernambuco e Rio Grande do Sul também registraram mortes pela Covid-19.

A primeira convidada a compartilhar seu dia a dia é a ativista Jenice Pizão (foto). Mãe da Lilian e avó do Pietro, do Antônio e do Ângelo, Jenice é uma guerreira que levou às soropositivas dos mais escondidos cantos do Brasil, da África e de países latino-americanos a luz da consciência sobre seus direitos de cidadãs positivas.

Professora de história aposentada, ao lado de Nair Brito, fundou em 2004 o histórico Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas e passou treze anos se dedicando quase integralmente a ele. Não dá para fazer as contas de quantas viagens, oficinas, projetos, manifestações ela liderou, tendo como meta conscientizar e empoderar as mulheres com HIV/aids.

Com 61 anos, divorciada, ela mora em Campinas (SP) e dedica boa parte do seu tempo a curtir a vida ao lado do neto mais novo, o Ângelo, de 8 anos.

Entre os trabalhos mais marcantes, Jenice destaca o Saber Para Reagir. Este trabalho, como foco em questões de gênero e direitos reprodutivos, envolvia o Brasil e todos os países africanos de língua portuguesa.

Confira o depoimento a seguir e acompanhe também outros depoimentos na TV Agência Aids:

 

Dica de entrevista

Jenice Pizão

E-mail: jpizao@gmail.com