No início da pandemia do novo coronavírus, a Agência Aids publicou vídeos de ativistas contando como estavam vivendo, enfrentando o isolamento social e o que estavam fazendo para colaborar na luta contra a Covid-19. Moysés Toniolo foi uma dessas pessoas.

Moysés é coordenador de direitos humanos da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids e representante da Articulação Nacional de Luta Contra a Aids no Conselho Nacional de Saúde (CNS). Entrou no movimento social depois de sofrer preconceito no trabalho. Ele, policial militar, teve que se aposentar compulsoriamente há quase 20 anos em virtude da aids. A lei determinava a aposentadoria para todos os portadores de doenças crônicas. “Foi o caminho que eu encontrei, pois não estou dando a contrapartida, mesmo recebendo uma aposentadoria com dinheiro público. Uma aposentadoria que eu não pedi. No início achava que eles estavam me ajudando. O maior problema ainda continua sendo saber para quem recorrer, para quem encaminhar a denúncia de preconceito no trabalho”, relata Toniolo.

No depoimento abaixo, Moysés conta como está sua rotina e como se sente após um ano de pandemia.

“Estou com umas tarefas bem pesadas pelo CNS neste momento, em virtude de mais uma crise de desabastecimento de medicamentos para pessoas transplantadas no Brasil…

No mais, sigo uma rotina quase que mais reduzida de contatos sociais e saídas de minha residência, e ainda com bastante trabalho remoto pelo ativismo representativo…

Mas sinto cada vez mais o vírus PERTO e esta sensação de medo e paranoia por segurança, algo terrível nas nossas rotinas.”

 

Reveja o depoimento de Moysés Toniolo em 2020.

 

 

Redação Agência de Notícias da Aids

 

Dica de Entrevista

Rede Nacional de Pessoas com HIV/Aids (RNP+)

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