Representantes do Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo, o Projeto Bem-Me-Quer (PBMQ) e da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids do Estado de São Paulo (RNP+SP) publicaram, na manhã desta quinta-feira (26), documento em apoio à decisão do Ministério da Saúde em adquirir genéricos para o tratamento da hepatite C.

Em maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou o registro do Sofosbuvir, medicamento genérico destinado ao tratamento de infecções causadas por hepatite C crônica. O remédio atua como inibidor da polimerase NS5B, enzima essencial para a replicação do vírus que provoca a doença.

“A aquisição de medicamentos genéricos e/ou licenciamento compulsórios – seja no Brasil ou no exterior – são as únicas alternativas de garantir o acesso ao tratamento da hepatite C a milhares de cidadãos e cidadãs que necessitam destas drogas para alcançar a cura”, diz o documento.

A carta foi entregue à diretora do Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, dias antes do Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, comemorado sempre em 28 de julho. O grupo participa, em Amsterdã, da 22ª Conferência Internacional de Aids.

“Acreditamos nos medicamentos genéricos. Foi com o licenciamento compulsório do efavirenz e com os genéricos de outros antirretrovirais para o tratamento do HIV que o Brasil conseguiu reduzir a mortalidade por aids. Refutamos, desta forma, quaisquer pressões, principalmente da indústria farmacêutica, que questionam os genéricos. Temos que lembrar que à indústria não interessam as vidas humanas, mas o lucro. Saúde é um direito humano, não comércio.”

Leia a carta na íntegra

Redação da Agência de Notícias da Aids

A Agência de Notícias da Aids cobre a Conferência em Amsterdã com o apoio do Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, do Condomínio Conjunto Nacional e da Associação Paulista Viva.