A 28ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo trouxe um forte tema político-eleitoral, clamando por um “basta de negligência e retrocesso legislativo” e incentivando um “voto consciente por direitos da população LGBT+”. O evento deste ano também propôs a “reapropriação das cores da bandeira do Brasil”, que nos últimos anos haviam sido associadas à extrema direita, resgatando a bandeira nacional em nome do amor e da alegria. Com verde e amarelo fora do armário, milhares de pessoas lotaram a Avenida Paulista, transformando a Parada em um ato político contra o conservadorismo.

Em um evento marcado pela felicidade, beijos e amor, a manifestação evitou ataques partidários ou confrontos e foi um dos maiores protestos políticos recentes, e em contraste com a raiva imposta pela extrema direita mostrou que, enquanto um lado se apropriou da bandeira em nome do ódio, o outro a resgatou com positividade e inclusão. A frase “a gente está resgatando o que é nosso” ecoou fortemente entre os participantes, reforçando a importância do movimento para a comunidade.

Além da luta pelos direitos e da reapropriação simbólica, a Parada LGBT+ também levantou a bandeira da sustentabilidade. Em parceria com a Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB) e a Secretaria Executiva de Limpeza Urbana (SELIMP), cerca de 580 pessoas participaram da limpeza e zeladoria necessárias para a realização do evento. Com veículos, cestos aramados, papeleiras, Pontos de Entrega Voluntária e dois contêineres, a parceria com a Cooperativa Central Tietê garantiu a coleta de resíduos recicláveis durante todo o percurso. Essa ação não só facilitou o processo de reciclagem, como também ressaltou a importância da mesma, dos catadores e da educação ambiental.”, conclui Nelson Matias Pereira, presidente da ParadaSP.

 

Veja as fotos de Marina Vergueiro

O verde e amarelo foi a cor que predominou na Avenida Paulista.

Crianças trans foram representadas em uma das primeiras alas do desfile.

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania participou divulgando o Disque-denúncia.

 

O genocídio do povo palestino em Gaza foi lembrado pela comunidade LGBT+.

A drag queen Dindry Buck animou a multidão de cima do trio elétrico.

O carro das pessoas transgêniras foi um dos mais concorridos.