Semsa intensifica ações voltadas à saúde mental e prevenção ao suicídio no 'Setembro  amarelo' | Santarém e Região | G1

O Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, celebrado em 10 de setembro, marca o ponto alto da campanha do Setembro Amarelo. Em 2024, o lema é “Se precisar, peça ajuda!”, destacando a importância de romper o silêncio em torno do tema e incentivar o diálogo sobre saúde mental e suicídio. Durante todo o mês, a campanha reforça a necessidade de buscar auxílio em momentos de crise.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil registra aproximadamente 12 mil suicídios por ano, uma estatística alarmante, com destaque para a crescente incidência entre os jovens. Entre pessoas de 15 a 29 anos, o suicídio é a quarta principal causa de morte, perdendo apenas para acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Além disso, as taxas de mortalidade por suicídio entre adolescentes de 15 a 19 anos aumentaram 49,3% entre 2016 e 2021, enquanto, na faixa de 10 a 14 anos, o crescimento foi de 45%.

A Plataforma IdeiaSUS, como parte do Setembro Amarelo, destaca práticas bem-sucedidas do Sistema Único de Saúde (SUS) que focam na prevenção ao suicídio, saúde mental e redução de estigmas. Entre as iniciativas, a Rede de Atenção e Prevenção ao Suicídio de Anastácio, em Mato Grosso do Sul, é um exemplo notável. Criada em 2017, a rede opera com base em três pilares: prevenção, atenção e posvenção. Este e outros 32 projetos são detalhados no livro “Fiocruz é SUS: Rodas de Saberes, Práticas Compartilhadas“, disponível gratuitamente na plataforma IdeiaSUS.

Produções audiovisuais da IdeiaSUS promovem diálogo sobre Saúde Mental

A Videosaúde Distribuidora da Fiocruz, em parceria com a IdeiaSUS, tem contribuído para ampliar o debate sobre saúde mental através de produções audiovisuais. A série Vozes da Saúde, disponível no canal da IdeiaSUS no YouTube, destaca experiências exitosas no campo da atenção psicossocial.

Um dos episódios, “Saúde Mental em Movimento: Mais Acessos, Novos Cuidados”, retrata uma experiência de Araruama, no Rio de Janeiro, onde o diálogo com as comunidades permite uma nova abordagem sobre saúde mental. Já o documentário “Escutas, Grupoterapia” aborda o trabalho da Clínica da Família Augusto Boal, na zona norte do Rio de Janeiro, uma região marcada por altos índices de violência e vulnerabilidade social. O filme evidencia a importância da resiliência e do acolhimento como ferramentas essenciais no tratamento de saúde mental.

Outra produção, o curta “Saúde Mental e Atenção Básica”, explora um projeto no Rio Grande do Sul, onde oficinas terapêuticas são usadas para fortalecer o cuidado à saúde mental na atenção básica. Por fim, “Canta Caps” documenta a experiência de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) no Rio de Janeiro, onde pacientes participam de atividades musicais como parte do tratamento.

Essas produções reforçam a importância de uma abordagem integrada e humanizada para a saúde mental, evidenciando o papel central do SUS na prevenção ao suicídio e no cuidado psicossocial.

Redação da Agência Aids com informações da Agência Fiocruz