A coluna “Senta Aqui, com Marina Vergueiro”, recebeu na última terça-feira (7) a jornalista, colunista, palestrante, criadora de conteúdo digital, educadora sexual e menstrual: Gisele Palma. A convidada trouxe seus conhecimentos e experiências para uma conversa sobre conscientização, prevenção, educação, diversidade, autoconhecimento e autocuidado. 

Gisele Palma é conhecida na internet por desmistificar o sexo, dar dicas de prevenção, prazer e abordar questões relacionadas à lesbianidade e à liberdade sexual. No Instagram, para seus mais de 300 mil seguidores, especialmente para mulheres que amam mulheres, têm compartilhado conteúdos sobre estes assuntos, que já alcançaram mulheres espalhadas por todo o Brasil e mundo.

No encontro virtual, ela mencionou o quanto se sente realizada profissionalmente e destacou que sua formação em jornalismo se cruza de uma forma interessante e especial com seu trabalho com educação sexual e menstrual. “É muito gostoso poder associar minha formação como jornalista com o meu trabalho educacional sexual e menstrual. Vejo que minha formação aguçou minha curiosidade, minha habilidade… o jornalista tem muito de pegar o gancho das coisas e a partir disso criar”, falou.

A educadora também levantou a bandeira da educação menstrual, lamentando que este ainda seja um tema frequentemente negligenciado na sociedade. Ela frisou então a necessidade de desnaturalizar o sofrimento menstrual e reconhecer a importância da menstruação para a saúde e bem-estar integral das pessoas com vulva.

Gisele destacou ainda a complexidade da lebianidade, defendendo que a sexualidade vai muito além da genitália. Ela encorajou a aceitação de diferentes perspectivas e vivências dentro da lebianidade, defendendo a liberdade e o prazer.

“Eu enxergo a lebianidade e o sexo para muito além da genitália, mas como um conjunto de muitas coisas, e cada pessoa tem sua própria visão e vivência dentro da lebianidade, e todas elas são válidas. A sexualidade é muito fluida, e temos que adoçar e não aprisionar essa liberdade”.

“É muito bom estar entre mulheres que vivem suas dores e delícias e compartilham suas inseguranças, juntas reunidas em prol de dividir. Assim a gente se fortalece! Fomos socializadas enquanto mulheres que somos fornecedoras de prazer e que precisamos ser puras e castas […] então, é poderoso estarmos juntas para falar do prazer da mulher, mas não só isso, do prazer da mulher que ama mulheres”, celebrou.

A conversa não deixou de abordar também métodos de prevenção às ISTs para o sexo entre vulvas. A especialista deu dicas práticas importantes e práticas de saúde sexual. Quem acompanhou o bate-papo pode aprender ao vivo como adaptar o uso de camisinhas internas e externas (femininas e masculinas).

Acompanhe o passo a passo:

Para adaptar a camisinha interna

  1. Retire a camisinha interna (feminina) da embalagem com cuidado. 
  2. Corte as extremidades usando uma tesoura limpa.
  3. Com cuidado, desenrole a camisinha cortada para criar uma folha fina e larga de látex. Isso criará um pedaço longo e plano de látex que servirá de barreira
  4. Use durante a relação sexual deixando-a posicionada entre os órgãos genitais 

Para adaptar a camisinha externa

  1. Abra a embalagem da camisinha externa (masculina) com cuidado para não danificar o preservativo. Atenção, não tente abrir com o dente!
  2. Retire o preservativo da embalagem com cuidado e desenrole-o parcialmente e deixe espaço suficiente no topo para segurar.
  3. Com a tesoura, corte a lateral do preservativo, criando uma fenda longa no preservativo. Certifique-se de cortar ao longo de um dos lados da camisinha, de modo que você possa abri-la completamente.
  4. Abra a camisinha completamente até que ela fique plana e forme uma barreira entre as vulvas durante o ato sexual.

Gisele Palma destacou a facilidade e incentivou a retirada destes insumos de prevenção que podem ser encontrados em todos os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).

Assista na íntegra:

 Kéren Morais (keren@agenciaaids.com.br)

Dica de entrevista

Instagram @_giselepalma