A coluna “Senta Aqui, com Marina Vergueiro”, recebeu na terça-feira (15) a jornalista e sexóloga Luciane Angelo. Luciane é colunista da Sexualidade e Relacionamento da Vogue Brasil, onde acompanha processos de transformação pessoal e tira dúvidas sobre áreas pouco exploradas do autoconhecimento feminino. 

No encontro virtual, ela contou que, de tanto escrever sobre as relações e dificuldades das mulheres, resolveu criar um projeto voltado à educação sexual. “Era impressionante o sofrimento e a fragilidade de conhecimento sexual das mulheres que eu entrevistava. Foi ali que comecei a jornada sobre sexualidade, orientando essas mulheres. Fiz diversas formações linkadas ao assunto para trabalhar este autoconhecimento com as mulheres”, disse.

A sexóloga também explicou que existe a questão da mulher carecer de informações referentes a uso de preservativo e infecções sexualmente transmissíveis. 

“Vejo que existe uma dificuldade de entendimento do próprio corpo. Estou aqui para auxiliar, ajudar e esclarecer até questões de traumas sexuais como o da mulher que volta a ter uma vida sexualmente ativa após a separação, após um abuso ou após um relacionamento tóxico.” 

Luciane falou do orgasmo feminino e de como a mulher não pode terceirizar seu prazer, pois antes do orgsmo precisa ter um entendimento do seu próprio corpo. “Independentemente de com quem você esteja, você é responsável pelo seu prazer.”

Luciane afirmou que um dos maiores cuidados sexuais que uma mulher pode ter é a higiene íntima. “A gente acha que não é importante, mas muitas pessoas ainda esquecem do básico. Muitas vezes falamos do preservativo,  mas esquecemos do passo anterior, antes do contato com outra pessoa, que é a higiene íntima. Se você não tiver higiene,  pode ser mais sensível a infecções. Infelizmente, esta é uma questão com a qual temos que nos preocupar”, relatou.

Segundo Luciane, a mulher não precisa necessariamente de outra pessoa no sexo, ela pode se tocar, deve se tocar e tem que conhecer o próprio corpo. “Se você não se conhece, como a outra pessoa pode te colocar em um processo orgástico? Você tem que se conhecer e ceder ao orgasmo primeiro.” 

A especialista também cita a importância dos exercícios pélvicos para ajudar a alcançar o clímax, com pequenos pesos que trazem estimulação ao ponto G. “Esses pesos são colocados no canal vaginal, estimulam o clítoris e passam pelo ponto G. Deixam a vagina auto ajustável e ajudam a mulher a chegar ao orgasmo com ou sem parceiro sexual”, detalhou.

Relação sexual e a mulher trans

A sexóloga conta que conversar é importante e que a mulher precisa entender como se sente melhor, o que gosta na cama, para que a relação ocorra de forma prazerosa para os dois. 

“Para entender o lado da mulher trans, é preciso perguntar, mas é preciso ter cuidado com perguntas muito específicas, para evitar ser, de certa forma, preconceituoso. Então, tem que pensar sempre como você se sentiria. Seja quem for que esteja ao seu lado, você quer o bem estar dessa pessoa. Se você for encontrar com uma mulher trans, que tal dar uma pesquisadinha antes?”, concluiu. 

 

Assista na íntegra:

 

Lygia Cavalcante

 

Dica de entrevista 

 

Luciane Angelo

 

Site: https://www.lucianeangelo.com.br/

 

Instagram: @lucianeangelo