Durante toda a Copa do Mundo realizada no Catar, a Agência Aids trouxe informações sobre a situação do combate ao HIV em cada um dos 32 países que jogaram o campeonato.

A taça foi conquistada pela Argentina, que venceu a França nos pênaltis por 4 a 2, após empate em 3 a 3 no tempo normal e prorrogação, no estádio Lusail, no Catar, se tornando tricampeã. Antes, tinha ganhado em 1978 e 1986.

A disputa entre as seleções foi histórica, a vitória do time argentino trouxe para a equipe o terceiro título, e a taça de volta para a América do sul, depois de 20 anos.

Enquanto Messi, considerado por muitos o maior jogador de futebol de todos os tempos, conquistou o único grande título que faltava em sua coleção, .

Esta é a terceira final de Copa do Mundo a ser decidida nos pênaltis, depois de Itália x França em 2006 e Brasil x Itália em 1994.

Confira a atuação da Argentina na luta contra a aids

Para uma população de aproximadamente 44 milhões de habitantes, a Argentina tem uma prevalência do HIV de 0,4% entre os adultos (de 15 a 49 anos) e cerca de 140 mil pessoas vivendo com o vírus, segundo dados mais recente relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas Sobre HIV/Aids (Unaids), de 2021. O principal meio de transmissão é a relação sexual.

A porcentagem de pessoas em tratamento na Argentina é de 65%. Apesar da terapia antirretroviral ser acessível nas grandes cidades e ser garantida por lei no país, existe um problema de logística devido ao fato de a maioria das áreas mais pobres serem isoladas ou se situarem na zona rural. Além disso, o estigma dificulta o acesso, porque muitas pessoas hesitam em se tratar em suas comunidades – temendo o estigma após a revelação do diagnóstico, acabam optando por não procurarem os serviços de saúde.

Em 2020, a Argentina registrou 5.600 novas infecções pelo HIV e 1.400 mortes relacionadas à aids.

Entre as mulheres, 43 mil vivem com o vírus. Um recente estudo realizado no país revelou que, nos últimos dois anos, a maior parte delas se infectou em relações com seus parceiros estáveis.

As populações mais afetadas pelo HIV/aids na Argentina são gays e outros homens que fazem sexo com homens, com uma prevalência de 15,7% e as pessoas privadas de liberdade, com uma taxa de 2,7%.

Ainda segundo o Unaids, a Argentina alcançou marcos significativos na resposta ao HIV, adotando uma abordagem de teste e tratamento desde 2015. A cobertura estimada de pessoas vivendo com HIV que acessam a terapia antirretroviral está entre as mais altas da América Latina.

Agência Aids com informações do Unaids