Na manhã dessa sexta-feira (30), os residentes do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) se manifestaram durante festa do hospital contra a precariedade do trabalho. Faltam medicamentos, os profissionais estão há 40 dias sem tomógrafo, há dois anos o aparelho de ressonância magnética está quebrado, o número de ambulâncias é insuficiente e pacientes hospitalizados esperam há sete dias a realização de exames. Anualmente, a administração do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) realiza uma soltura de balões vermelhos pelo Dia Mundial de Luta contra a Aids, dia 1º de novembro. Neste ano, a comemoração ocorreu um dia antes.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Eder Gatti, enquanto a administração do hospital tenta mostrar uma imagem de referência nos atendimentos, os pacientes sofrem. “O Emílio Ribas sofre com a má administração e subfinanciamento do SUS. A população precisa saber o que se passa nesse hospital tão importante”.

Eduardo Prevelato, Natália Amdi e Dyemison Pinheiro, residentes do IIER e organizadores do movimento, contam que grande parte do corpo clínico está insatisfeita com a precariedade do trabalho há muito tempo. “O pleno funcionamento do hospital é essencial para o diagnóstico e tratamento dos pacientes que vivem com HIV e doenças infectocontagiosas”, explica Prevelato.

As principais queixas dos residentes são:
– Aparelho de ressonância quebrado há dois anos e de tomografia há 40 dias;
– Faltam ambulâncias e as que existem estão em péssimo estado, além de operarem em horário limitado;
– Abertura de leitos de UTI sem número suficiente de funcionários para atender os pacientes;
– Não realização de exames laboratoriais por falta de insumos;
– Falta de medicamentos;
– Demora para a realização de cirurgias;
– Laboratório precário;
– Leitos interditados.