O Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) realizou, nesta terça (10) e quarta-feira  (11), a última etapa da capacitação de profissionais de saúde dos 16 estados que foram incluídos para disponibilizar a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ainda no primeiro semestre de 2018.

A Oficina de Capacitação em Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) preparou coordenações de HIV/aids e profissionais de saúde de 29 serviços selecionados para viabilizarem a oferta dessa profilaxia.

Os 16 estados incluídos nessa nova fase de implementação da oferta de PrEP no Sistema Único de Saúde (SUS) são Acre, Alagoas, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Rondônia, Tocantins, Sergipe – em um total de 25 municípios.

Na abertura do encontro, a diretora do DIAHV, Adele Benzaken, destacou que o grande desafio agora não é somente a prescrição do comprimido e a adesão à profilaxia, mas “conseguir alcançar o público que realmente precisa de PrEP”.

Adele explicou que a França também implementou a PrEP, e os estudos logo mostraram o impacto dessa terapia na incidência do HIV entre gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), no contexto da Prevenção Combinada naquele país.

A diretora enfatizou a importância do esforço dos profissionais de saúde em ofertar a PrEP para as populações-chave, que concentram a maior prevalência de HIV no país. “Nosso esforço deve ser redobrado, em conjunto e articulado com as três esferas, federal, estadual e municipal, para implantar a PrEP nos serviços e fazer chegar a quem realmente precisa”.

Prevenção Combinada

Adele explicou que a PrEP veio como mais uma alternativa somada à estratégia da Prevenção Combinada do Ministério da Saúde – e não para substituir nenhuma oferta de prevenção já existente. “Este é um momento histórico; nenhum país de dimensões continentais como o Brasil já implementou uma política de saúde como esta, com recursos nacionais, gratuita e universal”.

A médica infectologista Brenda Hoagland, do Instituto Nacional de Infectologia (INI) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/RJ), que participou da oficina como palestrante, observou: “Todos os que estão nesta sala devem ter orgulho da oportunidade de participar da implementação de PrEP; o Brasil é um dos únicos países que oferecem a prevenção de forma completa em todas as suas etapas e  que visa acessar aqueles que realmente são os mais vulneráveis à epidemia.”

Os participantes receberam as principais orientações sobre o “Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Pré-Exposição de Risco à Infecção pelo HIV” (PCDT de PrEP); conheceram as fichas de monitoramento e seguimento clínico da PrEP – que estarão disponíveis no Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom) –; e debateram os fluxos e a organização para a oferta da profilaxia nos serviços de saúde.

Os seminários de capacitação estão disponíveis aqui:  http://www.aids.gov.br/pt-br/capacitacao-em-prep-para-profissionais-de-saude

Fonte: Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais