Os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) foram criados em novembro de 2000 por meio da Portaria 464/2000 e tem o objetivo de atender uma parcela da população brasileira que necessita de outros imunobiológicos especiais para além das que já são disponibilizadas no Calendário Nacional de Vacinação.

Pessoas que vivem com HIV, com imunodeficiência congênita,  doenças neurológicas, cardiopatas, pneumopatas, doenças hematológicas, estão entre a população que poussui direito a esse serviço.

O CRIE nem sempre é lembrado ou conhecido pelas pessoas que vivem com o HIV, mas a infectologista do CRIE do Hospital Emílio Ribas, Ana Paula Veiga, explica que há um calendário vacinal básico para pessoas que contraírem o vírus. Como principal vacina fornecida, ela destaca as pneumocócicas. “A pneumococo é uma das principais bactérias causadoras de doenças graves nos pacientes imunodeprimidos, incluindo pessoas com HIV. Ela pode causar tanto meningite, sepse, osteomielite e várias outras formas graves de infeções.”

Segundo Ana Paula, essas vacinas, portanto, tem melhorado a sobrevida das pessoas com HIV e colaborado para a diminuição do número de infecções desses pacientes com consequente redução da mortalidade.

Clique aqui para acessar a lista de endereços dos CRIE mais próximos. Caso não exista um Centro em sua cidade, a recomendação é procurar uma Unidade Básica de Saúde para receber a melhor orientação sobre como atualizar a carteira de vacinação.

Dentre as principais atividades do CRIE estão formar e reciclar recursos humanos em imunização, elaborar pesquisas na área de vacinas e investigar casos de eventos adversos graves associados à vacinas.

O reconhecido Stanley Plotkin médico americano que trabalha como consultor para fabricantes de vacinas conhecido pela criação da vacina contra a rubéola, chegou a afirmar que “a vacinação na saúde pública só é comparável à água potável. Nenhuma outra modalidade de intervenção, nem mesmo os antibióticos, teve tamanho efeito na redução da mortalidade e no crescimento populacional.”

Programa Nacional de Imunização

O Programa Nacional de Imunização ou simplesmente PNI foi criado em 1973, com o objetivo de normatizar a imunização em nível nacional, assim, contribuindo para o controle ou erradicação das doenças infectocontagiosas e imunopreveníveis, como exemplo: a poliomielite (paralisia infantil), sarampo, difteria, tétano, coqueluche, tuberculose e outras.

O desenvolvimento do Programa é orientado por normas técnicas estabelecidas nacionalmente, no que se refere à conservação, manipulação, transporte e à aplicação dos imunobiológicos, assim como aos aspectos de programação e avaliação.

Entre as competências do Programa estão:

– Implantar e implementar as ações do Programa, relacionadas com as vacinações de caráter obrigatório;
– Estabelecer critérios e prestar apoio técnico e financeiro à elaboração, implantação e implementação dos programas de vacinação a cargo das secretarias de saúde das unidades federadas;
– Estabelecer normas básicas para a execução das vacinações;
– Supervisionar, controlar e avaliar a execução das vacinações no território nacional, principalmente o desempenho dos órgãos das Secretarias de Saúde, encarregados dos programas de vacinação;
– Centralizar, analisar e divulgar as informações referentes ao Programa Nacional de Imunização.

Como exemplos de ações bem sucedidas do Programa estão a Eliminação da poliomielite (o último caso brasileiro da doença foi registrado em 1989); a eliminação da Rubéola (em 2015) e eliminação do tétano materno e neonatal (2017).

 

Dica de entrevista 

Sociedade Brasileira de Imunizações

Telefone: (11) 3255-5674

 

Redação da Agência de Notícias da Aids