A América Latina precisa continuar com suas medidas de prevenção para evitar uma possível segunda onda de Covid-19, alertou o diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) Marcos Espinal, nesta quinta-feira (5).

“Não descartamos a segunda onda, mas se os países continuarem com as medidas, podemos manter a curva achatada”, disse Espinal.

Espinal também pediu paciência. “Precisamos continuar com o distanciamento social, uso de máscaras, lavar as mãos e evitar aglomerações. O importante é manter a curva achatada, para que o sistema de saúde consiga atender os casos graves”, disse.

O subdiretor da OPAS, Jarbas Barbosa, também alertou que as nações latino-americanas não devem baixar a guarda na luta contra o coronavírus. “Estamos com uma primeira onda prolongada na América Latina. Enquanto o vírus estiver circulando, precisamos manter as medidas.”

Barbosa também explicou que a segunda onda parece ser menos severa que a primeira, apesar do número alto de casos na Europa. “O número de casos é maior, mas o número de mortes é menor. A testagem aumentou nos países e os profissionais de saúde implantaram protocolos melhores para atender a população”, disse Barbosa.

Recordes de casos

Jarbas Barbosa citou os recordes de casos nos EUA. A região das Américas viveu nos últimos sete dias uma das piores semanas da pandemia com quase um milhão de novos casos registrados.

“Os Estados Unidos bateram recordes de novas infecções na semana passada e estamos vendo tendências de aumento em algumas províncias e estados de países da América do Norte – como México e Canadá – que estão impulsionando os números na região”, explicou o médico.
Na quarta-feira (4), os EUA registraram, pela primeira vez, mais de 100 mil novas infecções em 24 horas, segundo monitoramento da universidade Johns Hopkins. Foram 102.831 casos.

O recorde anterior era de 30 de outubro, quando haviam sido registradas 99.321 novas infecções em 24 horas.

O país também teve 1.097 mortes registradas na quarta-feira, levando o total a 233.717, o maior número do mundo. O Brasil está em segundo lugar, com 161.269 óbitos até as 13h desta quinta (5), segundo o consórcio de veículos de imprensa do qual o G1 faz parte.

Fonte: G1