varíola do macaco
Após a disparada de casos confirmados de varíola do macaco (monkeypox) no mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou uma reunião de emergência para tratar do assunto. A situação será debatida no próximo dia 18 entre os membros do Comitê de Emergência da entidade. No mês passado, o grupo já havia discutido sobre o status do surto e definiu, na ocasião, que não havia necessidade de decretar emergência de saúde pública internacional

“Continuo preocupado com a escala e a disseminação do vírus”, disse o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma coletiva de imprensa. “Os testes continuam sendo um desafio, e é altamente provável que um número significativo de casos não esteja sendo detectado”.

Os casos globais da doença, segundo Adhanom, já somam mais de 6 mil, com a Europa concentrando 80% deles.

Na reunião de emergência, serão apresentados dados epidemiológicos atualizados, a evolução do surto e a implementação de medidas de contenção do vírus.

Varíola do macaco no Brasil

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, já são mais de 140 casos confirmados. Destes, 98 são no estado de São Paulo, 28 no Rio de Janeiro, oito em Minas Gerais. Ceará, Paraná e Rio Grande do Sul possuem dois casos cada. Distrito Federal e Rio Grande do Norte possuem um caso, cada.

A OMS observou que a grande maioria dos casos tem apresentado erupção cutânea, além de febre, fadiga, dores musculares, vômitos, diarreia, calafrios, dor de garganta ou dor de cabeça.

Os sintomas tendem a aparecer de cinco a 21 dias após a infecção e a maioria das pessoas se recupera, sem complicações.

O que se sabe até o momento é que cerca de 10% dos pacientes foram internados para tratamento ou isolamento, e apenas um paciente foi internado em UTI.

O que se sabe sobre a transmissão?

De acordo com a OMS, a doença é transmitida pelo contato pele-a-pele, pode ocorrer também por meio de materiais contaminados, como roupas e lençóis ou por partículas da respiração.

Apesar de não haver a confirmação de que o vírus possa se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais, as autoridades de saúde do Reino Unido estão orientando, como precaução, que as pessoas diagnosticadas com a doença usem preservativos por 8 semanas após a infecção.

Fonte: Com informações do site Catraca Livre