Objetivo é que os conhecimentos adquiridos sejam aplicados diretamente nos territórios indígenas, fortalecendo a atuação dos profissionais de saúde locais

oficina sesai direitos sexuais mesa.jpg

Encerrou na quinta-feira (17), a 1ª Oficina de Vigilância e Promoção dos Direitos Sexuais e Reprodutivos na Saúde Indígena, organizada pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai). O evento foi realizado em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), e contou também com a participação das Secretarias de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) e Executiva (SE).

Durante três dias de discussões e trocas de conhecimento, foram abordados temas fundamentais para a saúde indígena, como os direitos sexuais e reprodutivos, a prevenção e o tratamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), e o manejo clínico de doenças como HIV, sífilis e hepatites virais nos territórios indígenas. Além disso, o evento destacou a importância da atenção psicossocial no contexto de violência, e o papel crucial de iniciativas como a Prevenção Combinada, PrEP e PEP nas aldeias.

Mayara Napomuceno, consultora da Sesai, destacou a importância da oficina para a garantia dos direitos das mulheres indígenas, frequentemente silenciadas em seus territórios e vítimas de violência. “Queremos ampliar o conhecimento dessas mulheres sobre seus corpos e direitos. A troca de saberes aqui promovida será levada pelos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) para os territórios indígenas, disseminando essa mensagem e fortalecendo o trabalho local”, afirmou.

Anna Cunha, oficial de Programa do UNFPA, ressaltou a relevância da colaboração e parceria entre organismos internacionais e o governo brasileiro. “Essa parceria é essencial para avançarmos na promoção dos direitos sexuais e reprodutivos, especialmente para as populações indígenas, que estão em maior situação de vulnerabilidade.”

Para Ariadne Ribeiro, oficial de Igualdade e Direitos do UNAIDS, a abordagem transversal é imprescindível para o combate à aids, inclusive no contexto indígena. “Acabar com a aids até 2030 exige atenção especial à população indígena e seus direitos sexuais e reprodutivos. Trabalhar em conjunto com Sesai, UNFPA e os distritos é fundamental para garantirmos efetivamente a prevenção e tratamento com respeito à cultura de cada etnia”, explicou.

Já farmacêutico Saulo Gallina, do Dsei Kayapó, concluiu enfatizando que os conhecimentos adquiridos durante a oficina serão aplicados diretamente nos territórios, fortalecendo a atuação dos profissionais de saúde locais e aprimorando as práticas de prevenção e tratamento.

 

Fonte: Ministério da Saúde